Gastronomia, vestimenta, idioma e religião são apenas algumas das diferenças culturais entre Brasil e Japão, mas tem muito mais. Existem, inclusive, algumas curiosidades comportamentais as quais refletem no dia a dia do ambiente de trabalho e dizem muito sobre o povo de cada continente.
Nesse sentido, a empresa japonesa Colorkrew, elencou algumas das principais diferenças entre os costumes no mundo corporativo. Veja:
Organização, processos e prazos
Os funcionários japoneses tendem a ser muito organizados, nunca perdem prazos e seguem à risca todos os processos estipulados. Já os brasileiros são acostumados a lidar com muita informalidade até mesmo em situações mais sérias. Logo, as tramitações acontecem de forma mais flexíveis e adaptáveis aos imprevistos, abrindo oportunidade para encontrar soluções inovadoras e pensar fora da caixa.
Criatividade e inovação
Apesar de ser reconhecido como a 9º pátria mais inovadora do mundo de acordo com o Índice Mundial de Inovação, elaborado pela Bloomberg, o ambiente corporativo dos orientais não adere a toda essa tecnologia devido à rigidez das normas e sistemas. “Em muitas atividades rotineiras, eles ainda mantêm o hábito de registros em papéis e fazem o uso de softwares ultrapassados para os nossos padrões”, conta o fundador da Colorkrew no Brasil, Daniel Alves.
Todavia, no Brasil, por outro lado, se respira disruptividade. Isso pode ser visto, por exemplo, pela quantidade de startups abrindo. Conforme levantamento da Sling Hub, nós nos destacamos pelo maior número de companhias emergentes da América Latina, com mais de 12 mil.
Diversidade
O país sul-americano já é conhecido por ser diverso em todos os aspectos e isso não é diferente dentro do mundo laboral. Apesar de ainda não haver um cenário perfeito, a abertura para as diferenças está avançando muito rápido.
De acordo com pesquisa feita pela Reuters Corporate Survey, 75% das entidades japonesas têm menos de 10% do time formado por mulheres e 15% informaram não ter nenhuma em seu quadro. Além disso, poucas ocupam cargos de maior influência, evidenciando a desigualdade.
Isso é um ponto determinante a ser colocado em pauta. Segundo análise da consultoria Gartner Group, organizações com força de trabalho múltipla têm maior desempenho das pessoas e ainda registram 12% de aumento na intenção de permanecer na instituição. “Por isso, reforço a importância de treinarem a sua alta e média liderança para o tema, principalmente para saberem identificar os vieses inconscientes, os quais impactam diretamente as contratações e relações internas”, diz a CEO da CKZ Diversidade, Cris Kerr.
Um trabalho para a vida toda
Outro costume diferente é a valorização da permanência no mesmo emprego por anos. “Para os japoneses, o ideal é ter uma posição vitalícia, na qual permanecem até a aposentadoria, pois a mudança é uma prática culturalmente reprovada no país. Com o passar dos anos e as novas gerações, esse cenário está se alterando, mas ainda sem grandes transformações”, conta Alves.
Já aqui, a transição de ocupação tem se tornado cada vez mais comum para as novas gerações. A nação é a atual campeã mundial em rotatividade de colaboradores, com uma taxa de 38% de turnover. Como consequência para as entidades, os setores de recursos humanos (RH) e gestão têm investido ainda mais esforços na retenção de talentos com o intuito de diminuir essa grande taxa de alternância.
Portanto, saber se adaptar às situações desfavoráveis e casuais e reverter isso em resultados positivos dentro das possibilidades é essencial. Para isso, acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Dessa forma, você se destaca no universo corporativo. Conte com o Nube!