Abrir o próprio negócio, assim como seguir qualquer outra meta ou sonho da vida, não é fácil. É preciso foco e dedicação para enfrentar as mais diversas adversidades. A pandemia da Covid-19 trouxe uma série de desafios para vários setores da economia brasileira e do mundo. Várias pessoas optaram por inovar para evitar os impactos da crise. Que tal uma história de sucesso para se inspirar?
Crescimento do e-commerce
Uma pesquisa realizada pelo Pay Pal Brasil, em parceria com o BigData Corp, aponta como o e-commerce brasileiro registrou uma média de 1,59 milhão de lojas no país. Isso equivale a um crescimento de 22,05% na comparação com 2020. Seguindo esta tendência, a paulistana Giulia Gargione decidiu criar um e-commerce de moda em 2017, quando realizou o seu sonho de ser aprovada no curso de Medicina. Ela conta já ter enfrentado desafios por ser muito jovem, encontrou dificuldades para conseguir crédito no banco e em negociações com parceiros, mas hoje colhe frutos do seu empenho nos negócios.
Nesse período, seus familiares estavam passando por alguns desafios financeiros e ela decidiu inovar e buscar uma fonte de renda capaz de ajudar com os custos da faculdade. “Meu primeiro investimento foi de R$ 300,00, na compra do primeiro estoque. Comecei a divulgar as peças na minha página do Instagram e conhecendo quais roupas tinham mais venda e entendendo como eu poderia faturar ainda mais”, afirma a CEO e fundadora da Giu Store.
A iniciativa foi crescendo
Além dos conhecimentos práticos conquistados para desempenhar as funções de promoção dos produtos, seu know-how recebia um boost com a leitura de livros sobre empreendedorismo e vídeos no Youtube. “Quando eu percebi um talento para vender, decidi me especializar. Fui aprender sobre como controlar o fluxo de caixa, a separar os custos fixos dos variáveis e, hoje, já tenho uma equipe atuando na área de embalagens, logística, financeiro e costura”, explica a CEO.
A Giu Store conta com cinco funcionários diretos e uma equipe com mais de 25 parceiros terceirizados. A empreendedora se sente orgulhosa em ter criado um projeto do zero, com poucos recursos e, atualmente, faz a diferença na vida das famílias envolvidas, além de oferecer uma experiência de compra personalizada para os clientes.
Até uma loja física foi aberta, mesmo em meio à crise
Mesmo com a pandemia, no ano passado, quando a região de Alphaville flexibilizou as regras de isolamento social, autorizando a abertura do comércio não essencial, ela encarou o desejo de inaugurar uma loja física. “Nós precisávamos de um espaço para dar apoio ao virtual em relação ao estoque de mercadorias. Teve gente vinda de outras cidades para conhecer o lugar. Foi uma experiência incrível, me surpreendeu receber pessoas de tão longe vindo nos prestigiar, demonstrou bastante carinho com a marca ”, conta Giulia.
Vencendo preconceitos
Para conquistar o sucesso atual, ela conta já ter passado por momentos desafiadores por estar empreendendo tão jovem, principalmente envolvendo processos burocráticos, financeiros e negociações. “Eu me lembro de precisar um capital para investir em tecidos e em alguns procedimentos internos e tive o pedido negado simplesmente por não me darem credibilidade pela minha idade”, conta.
Além disso, ela relata ser comum escutar algum parceiro aceitar negociar com o “meu pai”, por exemplo. “Como se os meus parentes fossem donos da corporação. Contudo, eu sei das minhas capacidades e estou enfrentando esses obstáculos com muita garra para fazer o negócio crescer cada dia mais”, finaliza Giulia.
Quem pode se sentir motivada depois dessa história é Gabriela Gonçalves. Ela é estudante de moda e também tem interesse em abrir uma marca pela Internet. “O caminho é bem árduo, desafiador e cheio de nuances, mas isso só me anima mais para poder enfrentar os obstáculos com força e coragem”, conclui.
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