Pode parecer incrível, mas a mentira no curriculum vitae (CV) é muito comum. Segundo um levantamento feito pelo DNA Outplacement, em 2018, com base em 6 mil documentos, 75% continham informações distorcidas. A pesquisa foi realizada durante seis meses com 500 empresas sediadas no Brasil, Chile, Peru e Colômbia e trouxe um questionamento, afinal, vale a pena falsificar seu CV? Veja os impactos desse tipo de postura.
Lorotas mais contadas
Para início de assunto, é importante conhecermos quais são as mais recorrentes. Conforme Jéssica Quione, coordenadora de seleção, “as mais comuns são relacionadas aos níveis de conhecimento em idiomas e ferramentas, cursos de formação profissional não concluídos, falsas participações em projetos voluntários e extracurriculares”. Ainda, todos esses aspectos são vistos com a mesma gravidade, “pois apresentam inverdades e demonstram falta de ética do profissional”, complementa a especialista.
Graduanda em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de São João del-Rei, Cássia Sena conhece uma história de blefe no currículo e salienta: “ eu entendo o desespero para levar alguém a mentir, mas o ideal seria sempre expor a verdade”.
Mentiras nas entrevistas
No papel, qualquer informação pode ser verdadeira. No entanto, provar o apresentado em um processo seletivo torna a ilusão ainda mais complicada. De acordo com Jéssica, há diversas formas de discernir a veracidade do conteúdo propagado pelo candidato. “Para analisar a trajetória corporativa e identificar se suas experiências são fidedignas, utilizamos da técnica de entrevistas por competências, com perguntas direcionadas às vivências de cada um.” Esse procedimento permite a identificação de divergências de dados, respostas genéricas e inseguranças ao exemplificar situações propostas pelo recrutador.
Já para assegurar os conhecimentos técnicos e de línguas, a selecionadora ressalta: “há aplicações de testes para avaliação das habilidades, além da possibilidade de solicitar declarações para comprovação”. Não dá para contar novela diante de um certificado, não é mesmo?
E se você for descoberto?
O maior risco de trapacear, é ser flagrado. Consoante à Jéssica, “as mentiras podem manchar a imagem do entrevistado no mercado de trabalho e prejudicar sua inserção em futuras possibilidades, pois refletem em sua reputação e crédito”.
Além do mais, caso as invenções no documento consigam prosseguir, na prática as competências serão exigidas e, nesse momento, há grandes chances de gerar uma situação constrangedora.
Embora algumas vagas exigem pré-requisitos para a sua qualificação, é importante ressaltar: as experiências são adquiridas com o tempo. Para a profissional, “caso não possua aptidão pré-determinada por aquele cargo no momento, seja sincero e demonstre interesse em aprender, dê exemplos de situações nos quais teve iniciativa para desenvolver novas capacidades.”
Por último, mas não menos importante, o principal conselho é ser sincero! “Seja você mesmo, esteja confortável com as informações repassadas e tenha segurança, mesmo não possuindo determinados requisitos, as suas características poderão chamar a atenção do selecionador”, afirma Jéssica.
Percebeu como isso é grave? Reflita sobre esses pontos e claro, se estiver procurando uma oportunidade, seja sempre verdadeiro nas suas respostas. No Painel de Vagas do Nube, você consegue encontrar as melhores empresas e possibilidades. Para isso, é só se inscrever e ficar por dentro das novidades! Boa sorte e muito sucesso na sua trajetória! Conte sempre conosco!