O mundo do trabalho nunca mais foi o mesmo desde o início da pandemia. As relações empresariais e trabalhistas mudaram, assim como as ferramentas e metodologias. Nesse sentido, para impactar positivamente o público, deve existir uma construção de ideais institucionais bem pensadas as quais reflitam um propósito verdadeiro. Contudo, é comum algumas companhias pensarem apenas no comprador direto e acabarem esquecendo o próprio colaborador.
O poder da valorização
Segundo o especialista em benefícios na Bematize, Ronn Gabay, a cultura do comando também mudou e trouxe consigo uma necessidade de confiança entre contratado e líder. “Com a Covid-19 e o trabalho a distância, a gestão dominadora foi deixada de lado e os comportamentos mudaram. O empregador precisou desenvolver uma relação forte com o subordinado. Não dá mais para controlar 100% a sua jornada, é preciso estabelecer a própria autonomia e discernimento sobre suas obrigações e decisões”, explica.
De acordo com ele, a autorresponsabilidade será a chave para a construção desse vínculo e o departamento de Recursos Humanos (RH) já está atento a isso. “Muita gente considera o RH ultrapassado, mas ele já vem criando métodos pensando na liberdade do auxiliar. Um exemplo disso é a implantação de benefícios flexíveis, deixando o próprio profissional escolher sua vantagem”, expõe.
Assim, a auto responsabilidade é a chave para tudo isso. “O cooperador deve entender sua responsabilidade pelas suas tarefas, horário e deveres. A entidade, por outro lado, precisa consolidar essa familiaridade, prestar reconhecimento, motivar e formar líderes humanizados para entenderem essa transformação na hora de cobrar entregas”, finaliza.
Como funciona na prática?
Conforme pesquisa interna do iFood, plataforma de entregas de refeições, 98% dos funcionários tiveram suas necessidades atendidas por meio do poder de escolha do seu incentivo no ano de 2021, por exemplo. “Isso é um diferencial para esse cenário de transformação institucional, pois trata os indivíduos como adultos responsáveis”, comenta o head de benefícios no iFood, André Gomes.
Para ele, todas as outras organizações devem seguir por esse caminho, entendendo o impacto na produtividade. “Pessoas mais felizes são mais fecundas e entregam resultados. Dada essa premissa, como fazer isso? Oferecendo condições para estimular a auto suficiência em tomar suas próprias decisões”, finaliza o head.
Já ouviu sobre Employee Experience?
Nesse sentido, o conceito de Employee Experience (EX) é bem semelhante ao Customer Experience (CX), ou seja, experiência do cliente. É a soma de todas as interações e a conexão construída para o trabalhador. Isso significa desenvolver ações de promoção do bem-estar e o crescimento do time. Como consequência, há uma melhora gradativa do clima laboral, fortalecimento da cultura, engajamento e rendimento, além da redução da rotatividade e aumento na atração e retenção de talentos.
Apesar dessa vivência com os públicos interno e externo serem tratadas em áreas diferentes - uma no RH e outra no marketing - elas se convergem quando falamos de constituição de marca. Você sabia? Quanto mais envolvido, capacitado e alinhado com a entidade o contratado estiver, mais ele se sentirá apto a crescer e conquistar consumidores fiéis para a marca.
Veja só! Segundo pesquisa da PSB, para 93% dos consumidores, se uma instituição faz a coisa certa para a equipe durante a crise, ela provavelmente conquistará sua preferência. Ou seja, a maneira como os gestores decidem tratar o liderado também pode impactar diretamente no desenvolvimento de uma visão positiva ou negativa.
Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diariamente e temos opiniões de diferentes especialistas. Dessa forma, você se destaca no universo corporativo. Conte com o Nube!
A sua corporação pensa nesse assunto?