Em um mercado de trabalho competitivo, exigente e dinâmico, para conquistar uma vaga de estágio, jovem aprendiz ou emprego é necessário ir além de apenas apresentar um bom currículo. Os processos seletivos têm acompanhado as tendências do mundo corporativo e questões comportamentais são consideradas cada vez mais pelos recrutadores.
Qual é sua preferência?
Entre as muitas perguntas feitas durante uma entrevista, uma delas pode ser também uma pegadinha: "você prefere atuar sozinho ou em grupo?". Apesar de ser um questionamento padrão, muitos candidatos se enrolam para responder pelo receio de uma desclassificação na seleção.
Tadeu Ferreira, consultor de carreira e diretor geral da Aprimorha, explica como é difícil pensar em um trabalho no qual, em algum momento, não vá requerer esforços de alguém, seja só ou em grupo. "Para os entrevistadores, há algumas distinções capazes de tornar a resposta positiva ou negativa”, expõe.
Qual tipo de resposta dar?
O labor em equipe exige uma dose de paciência, mas, ao mesmo tempo, se tudo ocorre de maneira organizada, os frutos podem ser excelentes. “Quando executado de forma autônoma, a carga de responsabilidade é alta, mas, se o resultado for positivo, isso mostrará a capacidade de resolver questões de forma independente", argumenta o especialista.
Segundo ele, a resposta padrão mais comum é: "eu trabalho bem das duas maneiras. Sou ótimo sendo parte de um time e me sinto confortável sozinho". No entanto, para se sair bem nessa pergunta, o especialista recomenda ao candidato pesquisar e conhecer melhor o perfil da contratante. Se possível, descobrir, também, quanto do seu tempo será investido individualmente ou para a staff.
Também é necessário ser sincero quanto ao seu perfil
Se, na maior parte do tempo, você for ficar sem companhia, Ferreira sugere a seguinte resposta: "prefiro atuar sozinho, mas, ocasionalmente, estar em um time estimula a criatividade e a troca de ideias. É importante aprender com outras experiências".
Em caso de executar tarefas em grupo, o indivíduo pode responder: "curto a dinâmica da equipe e me sinto bem interagindo com os outros, mas, em algumas ocasiões, gosto de fazer parte de um projeto sob minha responsabilidade".
Cada pessoa tem suas vontades
Para Julio Pontes, estudante de ciências da computação, em São Bernardo do Campo, atuar como um membro de um todo é o preferido. “Eu tenho minhas tarefas individuais e fico feliz em fazê-las, mas ter a interação com outras pessoas e projetos maiores é mais legal, até porque tenho o sonho de ser gestor algum dia”, comenta.
Para ele, ter esse tipo de experiência durante o estágio já conta bastante para o seu desenvolvimento e para conhecer mais do dia a dia empresarial. “Também consigo entender mais a fundo quem eu sou e isso ajuda bastante para oportunidades no futuro”, compartilha o universitário.
Por fim, o especialista reforça como a resposta precisa se adaptar ao perfil do profissional também. "Apesar do conceito ser o mesmo, cada um tem seu jeito de se expressar. A ideia é o candidato dizer suas preferências sem ser negativo. Manter sempre uma atitude positiva deixa o entrevistador mais confortável em relação à contratação. Nos dias de hoje, as organizações preferem contar com pessoas mais flexíveis a rígidas", orienta Ferreira.
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