Com os debates aumentando a conscientização sobre a prevenção do suicídio e questões de saúde mental, os especialistas estão destacando os benefícios do ar fresco, exercícios, encontros com amigos e as interações sociais vindas com todas essas atividades. No entanto, enquanto o mundo luta contra o coronavírus, essas iniciativas foram colocadas em espera à força.
Integridade da mente comprometida
Um estudo recente da plataforma social Yubo descobriu: 62% dos adolescentes se sentiram ansiosos e 57% se depararam com a solidão durante a quarentena.
Quem passou por isso
Matheus Andrade, estudante de comunicação social, disse ter enfrentado períodos de maior tensão por ter perdido os contatos presenciais com as pessoas. “Isso me fez mal por um tempo. Na verdade, ninguém estava pronto para uma mudança tão brusca na realidade do planeta, então foi difícil”, comenta.
Nesse período, ele tomou uma decisão radical: “parei de usar Facebook e Instagram, fiquei apenas com o WhatsApp, porque não estava lidando bem com o excesso de informações”, compartilha.
O país mais ansioso
Além disso, o Brasil foi classificado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como o país mais ansioso do mundo e o suicídio foi considerado uma das principais causas de morte entre quem tem de 15 a 19 anos globalmente no ano passado.
Projetos capazes de mudar essa realidade
A Yubo está focada em fornecer um ambiente on-line seguro onde os participantes têm a liberdade de interagir e socializar entre sua própria faixa etária. O projeto registrou um crescimento de 1300% desde o início da crise sanitária. Projetadas especificamente para as novas gerações, as salas de transmissão ao vivo do Yubo são livres das métricas de engajamento prejudiciais à saúde e baseadas no desempenho dos usuários. Sem curtidas, sem seguidores, sem retweet. Apenas conversas fluidas e um senso de comunidade inspirado por interações off-line.
Interações genuínas são valorizadas
Ainda de acordo com a mesma pesquisa, cerca de 59% dos usuários brasileiros dizem ter escolhido o aplicativo porque as interações parecem mais genuínas em comparação com outras redes. Além disso, um em cada três participantes apontou como a falta de pressão para ter engajamento os atraiu. “É um dos apps com taxa rápida de crescimento porque oferecemos uma maneira inteiramente nova para fazer conexões significativas on-line”, diz Sacha Lazimi, co-fundador e CEO da marca.
Para ele, essa atenção foi particularmente importante devido à tensão sofrida durante os últimos meses. “Nossa missão era criar um espaço onde todos pudessem apenas serem eles mesmos”, continua.
Um relatório de 2018 da Common Sense descobriu: 61% de quem tem entre 13 e 17 anos preferem mensagens de texto, bate-papo com vídeo ou mídia social em vez de comunicação pessoal. No entanto, de acordo com dados citados pela Mayo Clinic, o grupo entre 12 a 16 anos, quando passa mais de três horas por dia usando as redes sociais, tem maior probabilidade de sofrer de problemas de saúde no cérebro.
Conexões significativas são a salvação
As ligações entre altos níveis de uso da web, busca de feedback e sintomas de depressão ou ansiedade também estão relacionados. “Tem havido uma grande interrupção nas rotinas diárias”, disse o Dr. Richard Graham, psiquiatra consultor, diretor clínico da Good Thinking e membro do conselho de segurança Yubo. “Muitas das âncoras responsáveis por apoiar a saúde mental dos jovens, como escola, colegas e atividades físicas, foram removidas e isso criou uma grande incerteza. Nos últimos meses, houve um aumento na busca por interações significativas na Internet, em vez de apenas rolagem passiva ou recompensas superficiais, como ‘curtidas’”, finaliza.
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