Sem experiência, com pouca qualificação técnica e muita competitividade no mercado de trabalho, os jovens foram os mais afetados pela crise do desemprego no Brasil. Assim, a taxa de desocupação da população brasileira de 18 a 24 anos passou de 23,8%, no 4º trimestre de 2019 para 27,1% no 1º trimestre deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se interessou? Saiba mais sobre o tema!
Enfrente as dificuldades!
Apesar do cenário instável, 53,68% da juventude está otimista em conquistar uma oportunidade em breve, de acordo com a pesquisa do Nube com 52.886 participantes. Desse total, ainda, 40,24% está em busca, mas afirma não estar sendo fácil e só 0,69% parou de procurar.
Conforme levantamento da Microcamp, entre as maiores dificuldades enfrentadas pelo grupo para conseguir uma chance aparecem: exigência de muitos requisitos pelas empresas (apontada por 43,5% dos entrevistados), poucas vagas disponíveis (31,2%) e muita concorrência (17,1%).
Além disso, na percepção da maioria dos respondentes (37,2%) as companhias valorizam mais a experiência na hora de selecionar candidatos, seguida pela qualificação técnica (30.8%) e competências comportamentais (24,5). Contudo, grande parte deles não possui esses requisitos, logo, torna o desafio ainda mais difícil.
Como demonstrar competência sem ter experiência?
Este é o dilema vivido por muitos iniciantes na vida profissional, como Alice Suelly de Lima, de 17 anos. Ela foi demitida em abril, diante da crise do Covid-19 e desde então tem mandado currículos. “As organizações exigem experiência, mas nós estamos apenas começando”, lamenta. Todavia, não se pode perder as esperanças.
Tendo em vista uma conjuntura tão adversa, a solução é ser proativo e se reinventar. Bruno Ribas Correa, 18 anos, está exercendo suas atividades de estagiário em home office e tem aproveitado o período também para abrir seu pequeno negócio como web designer. “Meu projeto ainda está em desenvolvimento, vou montar meu site e pesquisar formas de divulgação, mas já estou ganhando um dinheirinho para complementar minha bolsa-auxílio”, comemora.
Em vista disso, soft skills como a inteligência emocional, facilidade na adaptação e resiliência, têm sido bastante discutidos nos últimos anos e serão ainda mais solicitados. Elas são capacidades complementares e ajudam a manter o foco e aumentar a produtividade, evitando o prejuízo do estresse a saúde. Logo, independentemente da adversidade, estar sempre se atualizando e estudando é essencial para profissionais de qualquer área.
Confie na retomada do mercado
Nesse sentido, apesar de todas as dificuldades e do alto índice de desocupados, os jovens se mostraram confiantes quanto às contratações, ainda conforme a Microcamp. Para 56,1% a tendência será as organizações abrirem novas vagas, já 19,3% acreditam na redução de funcionários. Para outros 12,9%, as corporações vão manter o mesmo quadro.
Assim, após um longo período de distanciamento, a tendência é o comportamento deles mudar em relação ao trabalho: 37,1% estimam estar mais individualistas, enquanto 31,4% esperam ser flexíveis e ter mais facilidade para se adaptar às mudanças. Por fim, 24,2% preveem ter mais responsabilidade no serviço.
Portanto, o primordial é dar o primeiro passo. Para isso, explore as oportunidades e mantenha-se sempre atento e informado. Acompanhe nosso blog e as redes sociais, pois publicamos conteúdos diários com a participação de grandes especialistas. Como você tem visto as mudanças?