A crise do Covid-19 trouxe grandes impactos na saúde e na economia mundial, mas por outro lado, abriu os olhos das organizações sobre a importância do bem-estar no ambiente corporativo. O retorno gradual ao escritório e as novas formas de gestão humanizada ganham cada dia mais relevância nas adaptações para o “novo normal”.
Para se ter uma ideia, 72% dos brasileiros atualmente no mercado de trabalho apresentam alguma sequela ocasionada pelo estresse. Desse total, 32% sofrem de burnout e 92% continuaram trabalhando mesmo doentes, segundo pesquisa realizada pela Isma-BR (representante da International Stress Management Association). Em meio a esse cenário, se torna ainda mais relevante buscar estratégias as quais levam qualidade de vida aos empregados.
Além disso, o Brasil é o quinto país mais sedentário do mundo, 47% da população não pratica atividade física suficiente para se manter saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para Tomás Camargos, sócio-fundador da VIK, a necessidade de investir em cuidados com a população e os profissionais já era alarmante, essa crise na verdade escancarou a necessidade das organizações se atentarem para a integridade do time. “Atividades físicas contribuem com saúde mental e física, mas se forem associadas a outros desafios cognitivos, os benefícios são potencializados, levando benefícios aos funcionários e às empresas”, complementa.
Abaixo, os especialistas listam cinco benefícios da gamificação para o “novo normal”:
1 - Senso de pertencimento aos contratados
De acordo com pesquisa realizada pela Edelman, para 87% das pessoas, as companhias são responsáveis pelo bem-estar físico e financeiro. “Nesse momento de estresse e insegurança, os colaboradores precisam se sentir pertencentes à instituição, parte importante dentro da equipe e nos processos. Muitos empreendimentos nos procuraram com essa preocupação e tiveram um maior engajamento e satisfação ao implementar programas de gamificação, mesmo em um momento de isolamento social”, revela Camargos.
2 - Menos estresse e síndrome de burnout
Segundo Pedro Reis, também sócio-fundador da VIK, já é comprovado: realizar exercícios de forma moderada combate e previne uma série de comprometimentos funcionais. “Dessa forma, a gamificação chega como uma solução para ajudar esses trabalhadores estressados, ela pode ser aplicada em um programa de saúde coletivo o qual, com atividades físicas, estimule a participação engajada com fortalecimento da convivência social, da inclusão da dinâmica do jogo. Além disso, é possível incluir atividades relacionadas a mindfulness e meditação para cuidar na questão da saúde mental”, aconselha.
3 - Melhora na autoestima
Programas focados no aprimoramento do conforto impulsionam a todos. “Investir em melhorias internas para o funcionário, como programas de gamificação, traz benefícios para dentro e fora do ambiente empresarial, fazendo as pessoas se sentirem mais saudáveis e confortáveis com seu estado físico, emocional e social. Além disso, é possível conceder prêmios ao final da competição proposta pelo programa escolhido”, conta Pedro.
4 - Traz motivação e produtividade
A prática pode criar uma competição saudável entre os membros de uma equipe, com uma premiação no final para quem fizer mais pontos. “Não importa como o game será aplicado, ele sempre terá o intuito de promover uma maior interação e fazer os colaboradores não se tornarem robôs. Hoje, em meio a pandemia e o agravamento na saúde mental da população, programas para felicidade e bem-estar devem ser implementados nas organizações”, complementa o especialista.
5 - Colaborador feliz produz mais
Trabalhador feliz é, em média, 31% mais produtivo, três vezes mais criativo e vende 37% a mais em comparação com outros, de acordo com estudo realizado pela Universidade da Califórnia. “Trazer humanização e integração para os negócios está entre os principais pontos de qualidade de vida e satisfação para os colaboradores, investir na melhoria do clima organizacional e também entender/valorizar cada um na equipe, pode ser a chave para levar felicidade a sua companhia. E não se esqueça: atividade física libera endorfina, invista nisso”, finaliza Camargos.
Como anda a sua saúde mental?