O conceito de resiliência nunca se fez tão necessário quanto atualmente. Definida como a capacidade de superação dos obstáculos e desafios ao longo da vida, diante do cenário de pandemia, torna-se essencial desenvolvê-la. A partir dessa qualidade, você conseguirá lidar de forma mais saudável com os efeitos das situações adversas, seja no campo profissional ou pessoal.
Segundo David Braga, CEO da Prime Talent, esse é o cenário para repensar quais as práticas dos profissionais do futuro: “as lideranças precisam colocar desenvolver os soft skills, ou seja, competências e habilidades, como a resiliência.” Para a psicanalista, Dra. Andréa Ladislau, quem tem essa qualidade consegue trabalhar melhor suas dificuldades dentro de uma visão mais otimista: “esse fortalecimento está fixado em um alicerce estrutural composto por características da psique, como: a autoestima e a forma como se dão os vínculos afetivos e sociais”, explica.
Negação de problemas
Porém, a especialista destaca: o maior erro do indivíduo com o objetivo de construir uma personalidade resistente é a negação de seus problemas. “Devemos aceitá-los e encará-los de frente. Dessa forma, soluções possíveis são visualizadas e transformadas em respostas positivas. Aceite suas próprias fraquezas e se transforme perante elas até o melhor ser feito”, aconselha.
Positividade e crescimento
Andréa destaca como a resiliência vem acompanhada de virtudes importantes como: a positividade, a esperança e o crescimento por meio dos aprendizados e lições. “Não adianta nutrir a ilusão de não existirem mais problemas. É necessário aprender a se adaptar ao novo, deixando de lado a zona de conforto e criando possibilidades para sair e pensar fora da caixa. Utilize a criatividade, uma excelente estratégia de dominação da culpa, do medo e da insegurança. Além disso, poder se recompor e voltar a sua forma original, é uma definição singela para qualidades tão agregadoras”, comenta.
Para ela, algumas pessoas conseguem se refazer mais facilmente, pois aprenderam a dominar suas emoções e controlar os seus impulsos, eliminando os receios e fortalecendo, de forma consciente, a confiança. “Essa competência em suportar crises irá fornecer elementos para o ser humano ter uma melhor qualidade de vida associada ao equilíbrio mental”, diz.
O contrário de felicidade
Apesar disso, a psicanalista orienta como a superação não é sinônimo de felicidade. “Precisamos dos momentos desafiantes para preencher lacunas de nosso autoconhecimento. A cada dia um novo aprendizado, uma nova maneira de encontrar nosso ponto de estabilidade. Estamos sendo desafiados a nos fortalecer para a percepção de nós mesmos se tornar cada vez mais forte. O aspecto traumático do isolamento social precisa ser encarado como um gatilho positivo para a nossa inteligência emocional. Resguardando, é claro, as devidas proporções e os impactos negativos dos momentos atuais”, ressalta.
Atitudes positivas
Para desenvolver essa competência, é preciso persistência, conhecimento de suas habilidades e fraquezas, além de uma proatividade para criar atitudes positivas frente aos infortúnios diários. “Enfim, ser flexível e aceitar as mudanças, se adaptando com otimismo é um bom começo para quem quer desenvolver ainda mais suas capacidades resilientes. Aprenda a se desafiar todos os dias, cuidando de sua saúde física e mental. Dessa forma, poderá estabelecer meios mais precisos para expressar seus sentimentos, por meio da perseverança e da alta capacidade de adaptação às situações conflitantes”, finaliza Andréa.
Você se considera uma pessoa resiliente? É importante estar atento às novas tendências para se destacar no mercado de trabalho. Conte com o Nube para mais dicas e orientações. Leia também: “lifelong learning: a habilidade de aprender é um diferencial.”
