O atual momento trouxe diversas transformações para o mundo empresarial, principalmente a forte presença da digitalização em processos. Uma pesquisa realizada pelo movimento Compre&Confie indica como o e-commerce brasileiro cresceu cerca de 81% em relação ao ano de 2019. Ao todo, foram efetuadas 24,5 milhões de compras on-line, um aumento de 98% em relação a abril do ano passado.
De acordo com Guilherme Juliani, CEO da Flash Courier, assim como a maioria dos setores, o mercado de varejo virtual está passando por um momento de profunda mudança e com ela muitas lojas precisam aprimorar seus serviços digitais. “Quem já pensava há tempos em apostar no comércio eletrônico agora tende a acelerar seu processo de entrada nesse ramo”, destaca.
Porém, esse não foi o único crescimento durante a pandemia. O número de reclamações relacionadas aos serviços on-line também explodiu: o Procon-SP, por exemplo, recebeu mais de 120 mil queixas, um crescimento de 260% em relação ao ano anterior. Os principais motivos foram a demora de entrega ou a não chegada das mercadorias adquiridas. “A infraestrutura das lojas virtuais ainda precisa ser aperfeiçoada para atender todos os consumidores. Essa explosão no número de compras expõe ainda mais a ineficiência de muitas empresas com relação a esse serviço”, acrescenta Juliani.
A solução encontrada pelo gestor foi investir na metodologia de entregas ship from store, ou seja, no envio de itens sem o uso de centros de distribuição. “Ao oferecer a possibilidade de um produto ser comprado, mas sair direto da loja para a casa do cliente, o varejista entrega uma experiência única ao consumidor, independentemente se está on-line ou off-line. Isso é ser omnichannel: não existem mais canais de venda separados”, completa o CEO.
Pensando em como te auxiliar a também buscar novas estratégias de vendas digitais, Denis Brown, diretor da empresa Progiro, separou cinco dicas para quem quer começar a vender pela Internet.
Disponibilize um site fácil e prático
O especialista destaca como na web já existem plataformas pré-prontas. Em algumas horas é possível criar uma loja virtual, sem custo de desenvolvimento, com layout atrativo e mensalidade baixa, solução indicada para a micro e pequena empresa. “Já quando a demanda de vendas é maior, o ideal é optar por uma interface própria, com as funcionalidades desejadas. Ele precisa ser prático e eficiente para o cliente encontrar com facilidade quais itens procura e consiga concluir a compra com rapidez”, destaca.
Para quem opta por um canal personalizado precisa atentar para as formas de pagamento. Assim como as maquininhas de cartão usadas nas lojas físicas, os gateway são plataformas feitas para o ambiente digital. “Normalmente, programas pré-prontos não possuem compatibilidade com todos os recursos. Então, esse é outro aspecto a se considerar se não vale mais a pena optar por criar sua própria página”, sugere o diretor.
Tenha o controle de vendas e estoque
Atente-se ao fluxo de vendas, informações de frete, emissão de nota fiscal e controle de estoque e busque a melhor adequação aos negócios. “Dessa forma, é possível incorporar as ferramentas desejadas, integrando-as a sistemas já utilizados pela companhia, otimizando a gestão da plataforma e o fluxo interno”, orienta Brown.
Invista em marketing
Como qualquer outro negócio, é preciso investir em divulgação para se tornar conhecido e o cliente encontrar seu site. “Isso significa investir em anúncios na web, newsletter e redes sociais. Se não tiver uma equipe interna especializada, contrate os serviços de uma agência”, sugere o diretor.
Você tem uma loja virtual ou já pensou em investir nessa modalidade? Então, leia também a matéria “5 dicas para transformar um pequeno negócio em e-commerce”.