Com a retomada de algumas atividades, muitas escolas já estão optando pelo retorno às aulas. No Estado de São Paulo, por exemplo, as salas terão ocupação máxima de 35%, com revezamento de estudantes durante a semana e sob rígidos protocolos de segurança definidos de acordo com os indicadores de saúde e do governo estadual.
É o caso da Escola Internacional de Alphaville. Com um planejamento gradual, a instituição está exigindo a implantação de uma série de novas rotinas e cuidados como a redução de alunos por turma, reforço do ensino remoto e protocolos de segurança no convívio entre crianças e professores. “Nos organizamos de forma a revezar as classes de acordo com as suas prioridades, dando maior tempo à educação infantil e às turmas em processo de finalização das etapas mais críticas como alfabetização”, explica a gestora da instituição, Ana Cláudia Favano.
Segurança e saúde
Dentre as exigências dos protocolos de higiene, segurança e saúde estão a necessidade de realizar a aferição de temperatura, uso de álcool gel em lugares estratégicos e obrigatoriedade de utilizar máscaras. “Além dos procedimentos pedagógicos para novas formas de aulas presenciais, mantendo a distância mínima exigida por lei de 1,5 metro, os alunos não entram com sapatos nas salas de aulas, por exemplo”, comenta Favano.
Cuidado com as atividades físicas
Entre as atividades com necessidade de atenção, segundo a cardiologista infantil do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, está a prática de exercícios, comumente realizada em grupos nas aulas de educação física ou no recreio. A especialista explica: as crianças têm protagonismo na transmissão de infecções virais e é preciso muita supervisão para minimizar os riscos no ambiente escolar. “Considerando todos os fatores do convívio social é necessário cuidado, principalmente entre os menores, um grupo de difícil controle de hábitos. Por isso, frisamos a importância da inspeção, especialmente nesses momentos de maior liberdade e contato”, conta.
Para ela, uma das principais medidas a ser adotada nas práticas esportivas é o distanciamento social, desestimulando dinâmicas e jogos em grupos, principalmente em ambientes fechados e em casos de caminhadas e corridas, ampliar a distância dados os efeitos aerodinâmicos.
Assim como quem vai à rua, o uso da máscara deve ser reforçado, assim como a lavagem frequente e correta das mãos e a desinfecção das superfícies dos materiais. “Essas recomendações estão alinhadas com as indicadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É preciso reforçar as responsabilidades de higiene, pois são fatores essenciais no controle da infecção”, salienta a especialista.
Outro fator é a intensidade dos exercícios sugeridos, por influenciar diretamente na saúde das crianças. Ainda mais após meses de sedentarismo e uma rotina exclusivamente dentro de casa. “Atividades físicas de alto rendimento podem desencadear imunossupressão, principalmente nas crianças com o condicionamento físico desfavorecido durante o isolamento social. Por isso, indicamos práticas moderadas capazes de favorecerem o organismo de uma forma geral”, reforça Silvana.
Para outras dicas e orientações das novas tendências da educação e do mercado de trabalho, acompanhe as matérias e conteúdos do blog do Nube. Leia também “Higiene, limpeza e saúde no ambiente de trabalho” para indicações sobre como evitar o contágio e propagação da Covid-19 na retomada aos ambientes físicos de atuação.