O avanço do número de casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus no Brasil levou à suspensão das aulas nas escolas de educação básica e superior públicas e privadas por, pelo menos, 15 dias. Esse período pode ser estendido por tempo indeterminado, até a proliferação da doença ser controlada e não provocar riscos à saúde dos estudantes e servidores dos estabelecimentos e da sociedade, de modo geral. A maioria dessas instituições têm recorrido às plataformas de instrução on-line.
Cerca de 850 milhões de crianças e adolescentes estão sem os encontros presenciais devido ao risco de contágio do Covid-19. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Esse número tende a crescer, impondo aos países desafios imensos para poder proporcionar um aprendizado ininterrupto a todos os jovens de maneira equitativa.
Guilherme Siqueira é um exemplo disso. Ele estuda contabilidade na Universidade Cruzeiro do Sul, na modalidade semipresencial, mas com a situação atual, suas disciplinas são todas pelo mundo cibernético. “Como já estava equilibrada a rotina, não senti muito o impacto de ficar em casa todos os dias”, comenta.
Diante desse cenário, o grande desafio para os profissionais da educação é aplicar a orientação por meio da Internet, mantendo os alunos motivados e engajados com os conteúdos. Com o apoio do Sebrae, a DreamShaper já atendeu mais de 150 mil indivíduos em mais de 300 escolas pelo país. O grande diferencial da plataforma é o foco em projetos, desenhada para guiar passo a passo os envolvidos em seus trabalhos. Com uma interface simples e intuitiva, a ferramenta desponta como uma das soluções nesse momento de crise.
O cofundador e CEO da DreamShaper, João Borges, explica quais são as principais inovações apresentadas pelo serviço: “A grande maioria dos brasileiros ainda está se acostumando a realizar as tarefas no universo on-line. A metodologia aplicada possibilita um trânsito mais fácil no ambiente de estudos, além de trazer a aplicação daquilo aprendido em projetos de empreendedorismo social e cidadania. Esse formato gera uma auto motivação e disciplina, fatores decisivos para quem está a distância”. Segundo ele, uma série de competências emocionais são desenvolvidas durante a execução das delegações. “São aprendizados levados para a vida acadêmica e profissional”.
O gerente de cultura empreendedora do Sebrae, Gustavo Cezário, analisa o momento como muito delicado para a educação no país. “É impossível fazer um retrato único nesse momento. Temos uma divisão muito clara das pessoas com acesso à Internet de quem não tem. Infelizmente essa lacuna é uma dificuldade na vida de milhões. Em contrapartida, se as entidades aderirem ao EAD, isso pode oferecer uma saída para o período de isolamento”.
Medidas emergenciais
Preocupado com os pequenos negócios afetados pela crise global, o Sebrae analisa nesse período os setores mais prejudicados e toma medidas emergenciais para ajudar a reduzir os danos. No campo educacional, a organização tem feito a coleta de informações sobre plataformas e soluções destinadas à capacitação em casa para distribuição nos diferentes canais de comunicação. O ambiente de formação de professores em empreendedorismo em EAD já está disponível. Uma trilha de vídeos foi organizada para atender os inscritos no ensino médio em empreendedorismo, eixo estruturante dos novos itinerários formativos. De forma descontraída, jogos educativos já estão disponibilizados também no portal.
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