Valorizar o capital humano é uma das práticas essenciais para as corporações no atual mercado de trabalho. Em tempos de instabilidade, esse discurso se faz ainda mais presente. Dentre as principais habilidades desenvolvidas nesse modelo de gestão estão investimentos em experiências, competências comunicativas e inteligência emocional. Porém, o fator principal é entender a subjetividade de cada colaborador.
Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, lembra: “as pessoas são o maior ativo de uma empresa. Este momento é uma excelente oportunidade para provar essa ideia.” Portanto, veja algumas orientações para respeitar essa prática diante do atual cenário:
Pense estrategicamente
A crise mostra como um pensamento estratégico é importante para qualquer instituição. Caso contrário, o enfrentamento de obstáculos se torna ainda mais difícil. “É absolutamente necessário se repensar tudo: as metas, os cronogramas, as bases de negociação. É a hora dos planos de contingência e mapas de risco, da definição do modus operandi emergencial, da sala de guerra, do alerta vermelho”, afirma a especialista.
No entanto, não se desespere, apesar do contexto conturbado, Mariana orienta: “é a fase, também, de solidificar valores e reforçar práticas humanizadas. Assim, se revelam verdades individuais, corporativas e da sociedade como um todo.”
O papel do líder
Nunca se falou tanto na importância de uma boa liderança. A CEO aconselha os gestores a adotarem posturas empáticas, afinal, é um momento difícil e de adaptabilidade para todos. “Essa crise sem precedentes vem se estabelecendo como o maior desafio humanitário da nossa geração e requer lideranças com coragem de assumir mais riscos em prol da manutenção do emprego e do bem-estar das famílias”, ressalta Mariana.
Por isso, para ela o fator primordial é cultivar atitudes de cuidado e responsabilidade: “preocupe-se com seu florescimento pessoal e profissional, bem como seu estado de saúde. Além de imprescindível para o engajamento e produtividade dos colaboradores, isso está completamente ligado a ter políticas de apoio à família. Essa atitude em relação aos funcionários é moralmente superior e também rende resultados positivos, por meio de uma força de trabalho mais dedicada, feliz, criativa e eficiente.”
Políticas de trabalho
O teletrabalho veio para mostrar como a realidade das pessoas é diferente. Alguns moram sozinhos, outros não possuem infraestrutura em casa ou assumem diversas funções - filho, pai, mãe entre outros -, dessa forma, revisite políticas pensando no bem coletivo. “Se flexibilidade já era um atributo muito valorizado, ela agora é essencial. Uma coisa é fazer home office em tempos normais, quando as crianças estão na escola ou os pais têm o apoio de babás ou dos avós. Outra coisa é exercer suas funções em um cenário de aumento exponencial da demanda por atenção”, destaca Mariana.
Pensando nesse novo contexto, surgem também os desafios para avaliar a equipe. Barbara Toth, sócia-consultora da FESA Group, encontrou a resposta por meio de técnicas mais específicas, muitas vezes deixadas de lado pela falta de tempo dos escritórios.
“São ferramentas capazes de contemplar o desempenho do colaborador, mas também proporcionam desenvolvimento aos profissionais. Desenvolvidas com o uso de táticas de assessment e coaching, auxiliam nesse processo de gestão de talentos. Incluindo também técnicas psicométricas, usadas para evidenciar novas potencialidades e aptidões”, descreve a consultora.
Para ela, esse momento é importante também para construir novas perspectivas para os contratados. “Esses mecanismos auxiliam também na hora de acompanhar a evolução e apontar avanços na carreira e novas performances para os colaboradores”, conclui Barbara.
Portanto, se deseja mais dicas e orientações de como lidar com administrar melhor sua empresa, acompanhe as matérias e dicas do Nube!