Falar “o cientista de dados é a profissão do futuro” pode parecer um clichê, mas está longe de ser uma afirmação falsa ou exagerada. Na era digital, a infinidade de dados gerados pelas empresas e seus clientes é um instrumento valioso para "reduzir as dores" do empreendimento e promover um crescimento consistente.
A pesquisa "Profissões Emergentes", do LinkedIn, aponta essa profissão como uma das 15 cargos com maior tendência de crescimento no Brasil em 2020. Para se ter uma ideia do papel da inovação nesse cenário, dentre as carreiras destacadas, nove são relacionadas ao setor de tecnologia.
Logo, quem ocupa essa função é capaz de aliar a capacidade técnica de coletar e apurar informações, ou seja, dominar os recursos digitais e transformá-los em insights eficazes para a corporação. A boa notícia é: esse ainda é um setor a ser amplamente explorado. Quem quiser se especializar na área será um ativo valioso no mercado.
"Quem está nessa posição ajuda a companhia a antever necessidades e futuras ações. Ou seja, não se olha somente para dados do passado. Seu papel é formular hipóteses e prever comportamentos, melhorando os serviços para o usuário e para a sociedade", diz Fábio Meneghim, gerente de vendas da Hitachi Vantara.
Estagiando no setor
Felipe Vasconcelos estuda computação na PUC de Campinas e estagia na área. Para ele, ter uma experiência na prática com o estágio o ajudou a ter contato com a linguagem corporativa para definir quais passos iria dar. “Tenho um plano de carreira mais definido agora”, garante.
Afinal, quais passos é preciso seguir para se tornar especialista nesse campo de atuação? veja algumas dicas a seguir:
1. Entenda o negócio da organização
Em um primeiro momento, não é preciso ter amplo conhecimento técnico. Assim, não é tão necessário ser ou atuar na área de TI para iniciar uma trajetória no setor. Antes de tudo, o essencial é mergulhar no modelo de negócios da contratante, conhecer os detalhes, o comportamento dos consumidores e parceiros e as métricas capazes de permitir uma análise da situação verdadeira da empreitada. “Vale ressaltar: é essencial ter bons conhecimentos de estatística e matemática, afinal, a construção de algoritmos é a base dessa ocupação. Ou seja, se você sabe muito sobre a instituição, mas ainda não tem tanta facilidade com os números, é hora de buscar essa formação e se diferenciar”, orienta.
2. Cultive relacionamentos e se comunique bem
Aquele velho estereótipo de quem trabalha com soluções tecnológicas ficar no canto do escritório, calado, com várias telas de computador à frente e em silêncio absoluto durante o expediente não se aplica nesse caso. Dialogar bem é essencial. Afinal, vai ser necessário estar em contato direto com a diretoria, os times de marketing e vendas para compreender as dificuldades e demandas da firma, além de quais elementos deverão ser ponderados para se chegar a um algoritmo. "O cientista de dados precisa saber interagir com as pessoas, fazer as perguntas certas para os sujeitos certos e, acima de tudo, ter noções de desenvolvimento humano", afirma Fábio.
3. Busque formação técnica em cursos
A apuração e análise de informações requer alguns domínios técnicos específicos, como Phtyon, SDL e R e isso pode ser alcançado em várias opções de cursos. Outro diferencial é ter noções de BI (Business Intelligence). Isso tudo, é claro, somado à capacidade de lidar com bancos de dados e informações de diversas fontes, como CRM, ERP, sistema fiscal ou de vendas, SPC, Serasa, IBGE, etc. "Em meio a essa tendência de automatização de vários processos nas fundações, com o machine learning e a inteligência artificial, a ciência de dados adquire um papel cada vez mais importante", aponta Meneghim.
Portanto, fique atento às tendências e siga seus sonhos. Conte sempre com o Nube!