Inovação, criatividade, home office, soft skills (habilidades comportamentais) e hard skills (capacidades técnicas) e uma série de outros termos têm inundado os espaços de gestão e negócios com publicações do mundo inteiro. Na realidade, o mercado nunca mudou tanto e tão rápido, segundo o presidente da ACMinas Jovem, Bernardo Almeida. Logo, estar atento a esse movimento é fundamental para qualquer organização com a intenção de se manter nos negócios a médio prazo.
Mais com menos
Para o especialista, já deixou de ser novidade a percepção de hoje ser possível fazer mais com muito menos. “Alguns exemplos se tornaram clichês, como o Airbnb ser a maior rede de hospedagens do mundo sem ter um único quarto ou o Uber ser a maior frota de carros do mundo sem possuir um único automóvel. Esses modelos de negócios ajudam a entender onde estão os principais pontos de inovação e como explorá-los a nosso favor”, explica.
Tendências para os próximos anos
Almeida também alerta para um outro ponto. Na esteira dessa evolução vemos profissões nascendo e o mercado se ajustando a esse novo perfil. “Em um futuro não muito distante, estima-se o fortalecimento de profissões como analista de segurança e privacidade de dados ou profissionais de growth hacker. Esses são responsáveis por todas as estratégias de crescimento da corporação e serão tão comuns quanto engenheiros ou contadores”, afirma.
Em 2018, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) publicou um estudo apontando o surgimento, na próxima década, de, pelo menos, 30 novas funções apenas no segmento da indústria. “Isso não se dá somente nas funções onde reside a inovação. As relações de trabalho também serão revisitadas nos anos seguintes, com a popularização da modalidade de home office e freelancer. Assim, será possível montar um time com os melhores profissionais de cada área, exercendo suas funções de qualquer lugar do mundo”, compartilha.
Mistura das melhores possibilidades
As instituições têm investido mais em estruturas híbridas, ou seja, mesclam o tradicional organograma verticalizado com uma versão mais atual, a qual busca a horizontalização entre profissionais e grupos autônomos. “Assim, as companhias ganham em tempo de resposta e criatividade, trazendo melhores resultados em menos tempo”, defende.
Engana-se quem associa a inovação apenas como responsabilidade de quem está à frente de um negócio. “Atualmente, o colaborador com visão intraempreendedora é muito valorizado, pois as contratantes conseguem reconhecer a contribuição dessa pessoa. Buscar soluções inéditas dos problemas, aproveitar os recursos já existentes e adaptar sempre sua visão são aspectos muito positivos e sempre exaltados por quem tem esse tipo de perfil”, garante.
No empreendimento onde Carla Marques estagia, em Campinas, esses assuntos já são pauta há algum tempo e, para a estudante de administração da Facamp, isso faz toda a diferença. “Sinto estarmos preparados para os desafios do mundo moderno, porque temos um time unido”, compartilha.
Bernardo finaliza dizendo ser preciso, de fato, ter preparo para enfrentar as transformações. “A melhor forma de fazer isso é se cercar de informação, de profissionais inovadores e pensar sempre além”, conclui.
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