Por muitos anos a imagem de um bom gestor foi pautada na capacidade de estimular a competitividade e a produtividade. No entanto, esse cenário tem mudado. Assim como as relações profissionais não são mais as mesmas, o papel de liderança requer novas habilidades. A principal delas é o desenvolvimento criativo.
Incentivar uma equipe não é uma tarefa fácil. É preciso compreender as diferenças subjetivas de cada colaborador e buscar um denominador comum capaz de tornar o ambiente de trabalho agradável e motivador. Surge, portanto, um novo conceito: liderança criativa. Essa competência já é fortemente empregada por CEOs de grandes companhias. A Unilever, multinacional de bens de consumo, foi considerada a empresa mais inventiva do Brasil, de acordo com pesquisa realizada pela consultoria global de gestão de negócios, Hay Group.
Corra Riscos
O primeiro passo para comandar é estar ciente da possibilidade de cometer falhas e dessa forma, se modernizar. Para Bruno Gonçalves, Engenheiro da Computação, Analista Comportamental e Pós-graduado em Psicologia Positiva: “deixar de inovar não é uma opção, mas exige coragem! Já ouviram aquela expressão: ‘se der medo, vai com medo mesmo’?”
Como exemplo de uma administração bem sucedida, Gonçalves menciona a cultura organizacional do grupo Disney. A corporação, mundialmente conhecida por suas produções e parques temáticos, também é referência na sua forma de coordenação. “A criatividade para ser exercida precisa de um ecossistema tolerante ao erro. A Disney demonstra isso, pois por várias vezes as ideias do time de criação não deram certo e mais inventividade foi necessária para resolver o problema. Estar disposto a errar ajudará a criar um meio mais amigável, tanto para os chefes quanto para os demais funcionários.”
Como reconhecer um líder criativo?
Atualmente, cobra-se dos trabalhadores dinamismo e uma mente transformadora. Não seria contrário dos dirigentes. Antes de tudo, o líder criativo está sempre conectado com as pessoas e os fluxos operacionais. Assim, consegue perceber as dificuldades e as possíveis soluções das instituições. Por meio do pensamento inovador, esse gestor se adapta às modernidades e aumenta sua rede de conhecimento.
Para Gonçalves, é importante notar as mudanças no perfil de liderança. “Antigamente tínhamos o conceito de ‘know it all’, o sabe tudo, mas hoje precisamos ser o ‘learn it all’, ou aquele predisposto a aprender tudo”, salienta.
Levando em conta ainda a progressiva presença da geração Z no mercado de trabalho, os orientadores capacitados com criatividade necessitam se adequar a esse novo profissional. Segundo estudos da Forbes, em dois anos, esses jovens nascidos após 1995, representarão quase 20% da mão de obra produtiva só nos Estados Unidos, o equivalente a cerca de 61 milhões de pessoas.
Também conhecidos como pós-millennials, essa parcela da população nasceu em um contexto digital e tecnológico, por isso são mais sociáveis e dinâmicos. Além disso, valorizam a manifestação individual e almejam o sucesso financeiro realizando atividades das quais gostem. Ainda segundo a revista norte-americana, 88% deles priorizam jornadas com horários flexíveis.
Exemplo desse grupo, Khauan Costa, estudante de Publicidade e Propaganda na Universidade Paulista já entende a importância dessa veia criativa. “É uma aptidão desenvolvida com experiências e com os nossos desafios diários. Sair da nossa zona de conforto nos torna inovador, da mesma forma, nos leva a ocupar grandes cargos”, afirma.
Ainda, para ele os funcionários também devem ter essa inclinação. “Essa competência pode ser aperfeiçoada por nós e pelos nossos gestores. Sair da zona de conforto e conhecer pessoas de diferentes áreas é fundamental.”
Portanto, para ser um o líder do futuro é preciso reconhecer essas novas possibilidades. Para isso, busque ficar sempre atualizado. Acompanhe as matérias e conteúdos produzidos pelo Nube!