O mundo dos negócios está em constante transformação. São inúmeros os fatores capazes de provocar mudanças nas corporações. Esses, por sua vez, podem ser tanto externos, como evolução tecnológica, desafios globais e competitividade; quanto internos, seja por conta de uma aquisição, fusão, implantação de uma nova cultura ou, até mesmo, a troca da gestão dentro de um setor.
Diante de situações como essas, muitos colaboradores costumam se desesperar, mas essa não é a melhor forma de encarar a situação, de acordo com a psicóloga, coach e fundadora da Viva Desenvolvimento Humano, Marcia Ramires. Para ela, esse é o momento de entender o cenário e se preparar.
Receio
Ao primeiro sinal de transformação na empresa, a reação mais esperada é o medo. "O que vai acontecer comigo agora? Preciso correr e arranjar outra oportunidade, porque posso ser a pessoa a ser dispensada”. No entanto, a melhor postura é entender tudo primeiramente, pois qualquer mudança inesperada gera a famosa "conversa de corredor".
Mariana Lisboa já enfrentou esse problema em uma de suas vivências. “Eu estagiei em uma instituição em crise e eu fui muito influenciada por essa insegurança”, comenta. Para ela, a solução, foi tentar se manter paciente e fazer seu melhor.
Calma e discernimento
Marcia defende: a posição do indivíduo diante de situações como essa deve ser a de evitar inflar as fofocas, assim como filtrar informações obtidas dessa forma, pois elas podem gerar ainda mais angústia. Todo “fato” obtido assim nunca é totalmente consistente.
Comunicação
"Entenda com seu gestor quais são as possíveis alterações a acontecer na estrutura da sua área. É muito comum a realidade ser diferente da teoria. Nesse caso, se o líder não tem nada concreto a compartilhar, ou tenha e ainda não possa repassar, mantenha-se tranquilo e exponha a sua realidade. Com isso, aguarde um posicionamento", orienta a psicóloga.
Disposição
Após essa conversa franca com seu chefe, mantenha-se disposto a mostrar como seu desempenho é um diferencial para a organização. Mostre sua motivação e interesse em permanecer no quadro. Em contrapartida, é esperado da companhia um diálogo aberto, para trazer um clima melhor, mesmo em meio a algo transitório. "Sair atirando para tudo quanto é lado não vai ajudar a pensar em uma boa estratégia no processo", alerta Marcia.
Confiança
Se a nova situação envolve a troca de gerência, além de manter a compostura, é preciso compreender o perfil do novo coordenador e adaptar-se a esse novo modelo. Conquistar a confiança e respeito. "Se a pessoa faz um bom trabalho, se destaca, busca se desenvolver, certamente isso irá ser visto por quem entrar no time", assegura.
Controle da mente e das emoções
Antecipar-se à procura de outra colocação não é a melhor alternativa, então, é importante analisar os fatos de uma forma mais racional, porque, nessa hora, a mente pode usar a generalização. "Algo já acontecido é levado em consideração para todos os outros eventos. Um exemplo: só saber de uma fusão na marca é motivo para associar a ação à falência do empreendimento", explica.
Dicas para encarar essa nova fase
E quando a modificação é irreversível, como se orientar e traçar uma rota inédita dentro de uma perspectiva diferente? Marcia responde a essa dúvida de maneira direta:
I. Obtenha informações para cruzar com suas expectativas de carreira;
II. Busque as oportunidades dentro da sua função e área diante dessas mudanças;
III. Esteja aberto para os novos desafios;
IV. Desenvolva sua inteligência emocional.
Siga essas orientações e garanta cada vez mais sucesso em sua trajetória. Conte conosco!