Um ambiente com muita tecnologia, funcionários concentrados e repleto de computadores. Geralmente, essa imagem representa o universo dos profissionais, os quais trabalham com robôs. Contudo, engana-se quem pensa ser esse ambiente frio e sem sentimentos. Sonhos, desafios e transformações também podem ser características de quem trabalha nessa área e para quem estuda esse campo específico de ciência e tecnologia.
Com esse viés o patrocínio da Dow à FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology), incentiva o interesse de alunos de escolas públicas pelo ramo, estimula o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e oferece mentoria voluntária para os projetos apresentados. Um exemplo é o Daniel Peralta. Hoje, ele faz o curso técnico de Mecânica na Etec de Caçapava (SP) e compõe uma equipe de luta de robôs, a Brazilian Storm, de São José dos Campos (SP).
“Além de proporcionar crescimento pessoal, o projeto ainda me ajudou a perder a timidez e a me relacionar com outras pessoas. Fiz amigos na turma”, orgulha-se o estudante, o qual é diagnosticado com um grau leve de autismo e, após entrar para o time de robótica em 2017, teve uma melhora em seu quadro e não precisou fazer mais tratamento com remédios.
Renan Silva também se envolveu na iniciativa há três anos e atuamente cursa faculdade de Engenharia Mecânica na Unesp, de Ilha Solteira (SP), onde conquistou uma bolsa de 100%. “Antes de fazer parte da ação, eu não conhecia nada sobre faculdade nem como fazer um curso superior sem custos. Só tive essa oportunidade graças ao programa”, aponta.
Henrique Araújo é outro bom exemplo. “Foi uma grande chance de aprender tanto na teoria, quanto na prática sobre a ciência e tecnologia, além de possibilitar o desenvolvimento pessoal e profissional. A iniciativa faz parte da minha vida”, conta.
Sonhos mais altos
Esses três alunos, ao lado de outros 92 jovens de escolas públicas com idades entre 14 e 18 anos, terão a oportunidade de participar da maior competição de robótica da América Latina, a FIRST Robotics. Além da Brazilian Storm, de São José dos Campos (SP), a delegação brasileira também estará presente na equipe Trail Blazers 1772, de Gravataí (RS). Os dois times se somam a outros quatro mil do mundo e precisam construir e programar robôs para superarem desafios e executarem tarefas em uma arena adaptada para a disputa. Em 2019, a FRC completa 30 anos e, nos últimos dois, as equipes brasileiras já alcançaram premiações marcantes na competição, como Woodie Flowers Award e Gracious Professionalism Award.
“A iniciativa contribui para o crescimento, pois proporciona experiência prática e troca de vivências com jovens”, afirma Eleni Gritzapis, diretora de comunicação da Dow. “Dedicação e força de vontade são as palavras-chave desse projeto, o qual tem levado novos conhecimentos, autoconfiança e estímulo a educandos de baixa renda, com o objetivo de explorar diferentes perspectivas de aprendizado, fundamentais no trabalho em equipe e na inovação”, complementa.
O Nube apoia esse tipo de evento e você?