A Internet está limitando o potencial humano. No campo da neurociência já existem estudos afirmando o quanto o advento da web mudou o cérebro das novas gerações. Agora, especialistas apontam: as crianças e jovens são de fato mais inteligentes devido a evolução natural, mas também muito mais inseguros e com menos capacidade de lidar com frustrações.
De acordo com a neuropsicóloga do Rio de Janeiro, Roselene Espírito Santo Wagner, a circuitaria neuronal mudou. “Hoje, as crianças são emocionalmente imaturas e por isso sofrem mais”, afirma. Os motores de busca no mundo virtual funcionam como uma espécie de memória externa. Isso nos faz confiarmos demais nessas plataformas como uma fonte de informação, em detrimento da nossa própria capacidade interna. "A memória da máquina é limitada. Quando acaba o espaço de armazenamento, em gigabytes, temos de ter um HD externo, por exemplo”, explica.
Já a nossa arquiva as memórias biográficas, afetivas, e as informações são descartadas. “Então, manipulamos dados utilizando a criatividade. O computador cumpre um programa, enquanto nós temos a inovação para gerar configurações, arranjos, articulamos o pensamento de forma a multiplicar o saber, as descobertas”, enfatiza. Para o filósofo Fabiano de Abreu, o Google mastiga a informação e nossa mente entende essa praticidade. “Logo, possivelmente, em um curto espaço de tempo nossa inteligência será diferente da atual”, diz.
Por isso, agora estamos ficando mentalmente preguiçosos. “Quando fazemos muitas coisas ao mesmo tempo, nosso cérebro trava. Vivemos como um HD lotado, lento, fragmentado, pois ainda não evoluímos na mesma medida, não somos como um SSD”, ressalta. Então, vivemos mais tempo, mas aproveitamos menos a vida real.
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