Apostar em Treinamento e Desenvolvimento é um investimento, e não uma despesa. Por isso, as empresas investem mais de US$ 200 bilhões por ano em todo o mundo em educação corporativa. Uma organização repleta de funcionários qualificados, confiantes e comprometidos gera resultados de maior qualidade e vira referência, saindo na frente de seus competidores e se tornando líder de mercado.
Porém, alguns conceitos estão enraizados em nossa cultura e em nós mesmos fazendo muitos acreditarem ser essa a melhor das soluções, capaz de resolver todos os problemas quando o assunto é engajamento e aprendizagem. “Esse é o primeiro “remédio” no qual se pensa para avaliar a dor do resultado inalcançado”, explica Flora Alves, CLO da SG Aprendizagem Corporativa.
Um dos papéis do profissional de T&D é fazer um diagnóstico da necessidade de uma capacitação, apurando detalhadamente a demanda. “Uma solução de aprendizagem deve ser direcionada por necessidades internas e só tem sucesso se implementada para alcançar objetivos específicos, sem ser utilizada de forma banal”, ressalta a especialista.
De acordo com ela, metas inadequadas, processos mal estruturados, ausência de feedback, programas de incentivos incompatíveis, procedimentos inconsistentes e recursos insuficientes ou inapropriados são exemplos de problemas, os quais não são solucionados por treinamentos. “Com isso, se um processo é inconsistente ou não aplicável integralmente na vida real, de nada adianta treinar as pessoas”, comenta.
Na opinião da psicóloga do trabalho do Instituto de Psiquiatria (IPQ) do Hospital das Clínicas da FMUSP, Miryam Maziero, há programas de qualidade focados somente no indivíduo, porém, situações no local de atuação precisam ser olhadas e modificadas. “Do contrário você ajuda a pessoa, mas ela volta para um ambiente adoecedor”, explicou.
Portanto, é fundamental proporcionar benefícios e cursos ao time, contudo, muito além disso, é imprescindível prezar por um lugar harmonioso e com relações não tóxicas entre gestores e subordinados!