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Mulheres na liderança: colaboradoras ganham espaço 

Notícia | 19/08/2019

Cláudia Giannoni

As mulheres ainda lutam pela igualdade no mercado de trabalho e por mais oportunidades nas lideranças das empresas. Embora haja um longo caminho pela frente, algumas companhias apostam no crescimento dos colaboradores independentemente de gênero. Ainda assim, há muito trabalho pela frente para a conscientização de todos.

A presença feminina no mundo corporativo é pauta recorrente. Segundo pesquisa publicada pela Consultoria Especializada em Diversidade, Enlight, o número de moças ocupando cargos de gestão no Brasil cresceu de 6,3% para 7,3% de 2017 para 2018, sendo o maior aumento registrado desde 2015. “Temos um longo caminho a percorrer nessa batalha. Por isso, precisamos atuar para o desenvolvimento de todos os colaboradores”, afirma Alessandra Restaino, sócia-diretora da Le Postiche, com postos de venda inclusive no Rio de Janeiro.  

Entretanto, apesar de os dados serem animadores, as estatísticas não garantem a efetiva inclusão do “sexo frágil” nas organizações. “Nos tribunais brasileiros há vasta jurisprudência majorando o valor de indenizações por danos morais, bem como reconhecendo a responsabilidade das corporações por assédio sofrido dentro de suas dependências”, avalia Claudia Abdul Ahad Securato, sócia do escritório Securato e Abdul Ahad Advogados.   

Em maio deste ano, uma grande construtora foi condenada a pagar o valor de R$ 400 mil a uma ex-funcionária vítima de perseguição moral e sexual. Na mesma linha, em Nova Iorque, um grande conglomerado de luxo está respondendo judicialmente por negligência em relação a uma série de impertinências reportados por sua vice-presidente jurídica.

“Em ambos os processos trabalhistas mencionados acima, a resposta das companhias foi essencialmente a mesma: defender a existência de um ambiente de trabalho masculino, reafirmando a sua cultura organizacional sustentando o fato da mulher ter de se adequar, caso queira permanecer em seu cargo”, assegura Claudia. Tais argumentos corroboram a ainda presente desigualdade de gêneros.

Por isso, é tão importante cada um fazer a sua parte e ser o próprio agente da mudança. Se todos souberem seu lugar e respeitarem o próximo, certamente, as relações se darão de forma muito mais amistosa!

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