Você conhece a Síndrome de Burnout? Ela se desenvolve por um grande esgotamento e desgaste profissional. A “boa” e velha política de levar os funcionários ao seu limite, tensão, pressão máxima para as entregas, ou mesmo de gestão pelo medo são alguns dos fatores desencadeadores do mal. Saiba mais nesta matéria!
As consequências do desenvolvimento da doença variam desde ansiedade e dificuldade de concentração até depressão, agressividade e ausências no trabalho. “Tensão, estresse crônico, cansaço, dores de cabeça, insônias e distúrbios gastrointestinais são outros indícios”, afirma a estrategista, desenvolvedora de carreiras e coach no Rio de Janeiro, Thaís Lima.
Para ela, muitos podem enxergar os sintomas como frescura. “Há quem pense: se a pessoa não está aguentando, é só pedir para sair e procure outro tipo de emprego”, comenta. Contudo, o buraco é muito mais embaixo. De acordo com estimativas, no Brasil já são 30 milhões de pessoas diagnosticadas com a síndrome. O número é quase três vezes maior se comparado a população de Portugal.
“Por isso, é muito importante estar atento e lembrar de se cuidar, colocar limites e estabelecer prioridades”, indica a especialista. Para auxiliar, ela listou algumas ações capazes de trazer resultados no médio e no longo prazo:
1º) Estabeleça no mínimo três rotinas ou hábitos prazerosos, de alegria ou relaxamento e coloque uma por semana em prática. Não precisa ser nada complexo e cheio de detalhes, muito pelo contrário! A simplicidade e praticidade farão a diferença. Alguns exemplos: dançar, ouvir música, meditar, nadar, tomar 15 minutos de sol, ler um livro, fazer alongamento, atividade física e por aí vai.
2º) Crie uma matriz de decisão e priorização para a carreira. Na loucura e hiperconexão de hoje, se não estabelecermos as nossas limitações, ninguém o fará por nós.
3º) Aprenda a se relacionar melhor. Crie um canal de comunicação com os seus gestores, treine dizer não e negocie as demandas. Considerado como um dos requisitos mais importantes e pedidos pelo mercado de trabalho, saber se articular é o fator determinante para alinhar expectativas.
O Dr. Leonard F. Verea é médico psiquiatra e orienta a planejar o tempo de acordo com as esferas da vida. “Precisamos dividir o dia em quatro momentos fundamentais: um momento para o trabalho, um para a família, um para o lazer e um para o EU”, explica. Para ele, a maior parte dos indivíduos confundem, misturam os instantes com os entes com a recreação. “Muitos vivem somente para a profissão e familiares. Assim, o estresse mental entra de forma sutil e imperceptível, quando você percebe, já foi vítima”, orienta.
Então, não se frustre com os resultados negativos e tenha sempre uma troca profissional saudável.