O século XXI começou e as transformações nele originadas estão cada vez mais impactantes. A tecnologia de dez anos atrás não é a mesma de hoje. Se adaptar a isso e à quantidade de informações disponíveis com esse avanço nos faz pensar: como será a escola do futuro e qual a função do professor nessa nova realidade?
Para Eduardo Calbucci, educador e um dos fundadores do Programa Semente, inicialmente, os docentes não podem entrar em uma competição com buscadores digitais e bancos de dados. “Essas plataformas terão muito mais dados se comparados a nós e a nossa capacidade de transmitir em sala de aula. Contudo, lidar com tudo isso requer uma espécie de curadoria para os alunos serem capazes de escolher quais pontos são mais ou menos úteis”, afirma.
Vivemos uma época na qual quase todas as pessoas serão obrigadas a se reinventar ao longo da vida. Quem mais vai sentir essas inovações é a juventude. Por isso, na opinião de Rodrigo Parreira, CEO da Logicalis para a América Latina, também com filial em Brasília, necessitamos incorporar rapidamente mais tecnologia na educação. “Somente assim será possível formar pessoas capazes de entender a dinâmica futura, com suas mudanças nos modelos e na cultura do trabalho”, ressalta.
Logo, de acordo com Calbucci, “para essa transição ser menos difícil, precisamos de um ambiente escolar responsável por preparar as crianças para terem flexibilidade, resiliência e capacidade de resolver conflitos”, explica. A notícia boa é: essas competências podem ser desenvolvidas por meio da aprendizagem socioemocional.
O maior desafio é formar continuamente os professores, os quais tiveram uma formação analógica. “É ajustar um avião em pleno voo, sem possibilidade de pousar. Exige um esforço muito grande”, finaliza.
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