Discordâncias são normais, afinal, somos diferentes e, portanto, temos opiniões divergentes. No entanto, no âmbito corporativo, a falta de entrosamento entre os profissionais pode gerar um grande prejuízo, tanto para a empresa, quanto para o funcionário.
Ao avaliar um candidato, as corporações focam primeiro no currículo. Depois de selecionado, é feita uma entrevista presencial. Qualquer detalhe é analisado: o traje, o cabelo, as unhas, maquiagem, barba, postura, comunicação... Nada passa despercebido. “Contudo, um perfil notável e uma boa impressão durante a seleção não definem uma pessoa. Só será possível conhecer sua personalidade ao longo do dia a dia”, explica o psicanalista, Alexandre Pedro.
Assim, hoje, uma característica se tornou fundamental para o mundo dos negócios: a inteligência emocional. Por mais eficiente e qualificado, é imprescindível ao novo colaborador ter também racionalidade e controle. “O liderado mais procurado atualmente é aquele com total capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros”, explica.
Para o especialista, essa é a competência responsável por boa parte do sucesso e da capacidade de liderança de um ser humano. Sandro Bernardo é coach no Grupo PDCA, no Rio de Janeiro e dá um treinamento específico sobre o tema. Para ele, “as habilidades necessárias ao gestor, para lidar com a inteligência emocional são autoconhecimento, autogestão, empatia e habilidade de relacionamento”, explica.
Contudo, como identificar isso em um processo seletivo? O melhor a se fazer é se aprofundar no lado pessoal do aspirante a vaga. Caso ele tenha qualificação para a oportunidade em aberto, contratá-lo e ter disponível na empresa não somente um RH capaz de analisar talentos, mas também profissionais especializados para ajudar a lidar com o lado psicológico dos colaboradores.
Muitos empreendimentos perdem grandes talentos por não ter seu olhar voltado para o os sentimentos. Isso vale para gestores. “Quem teve, por exemplo, autoridade excessiva na infância, é provável desempenhar uma rigidez exacerbada, causando tensão e desmotivação no grupo”, explica Pedro.
Logo, um trabalho minucioso averiguaria padrões comportamentais. Esse processo custa muito menos se comparado a uma reposição ou a perda de produtividade de todo um time.
“Foi-se o tempo no qual "os problemas pessoais ficavam da porta da instituição para fora". Hoje, auxiliar o indivíduo em seu aperfeiçoamento é uma estratégia assertiva”, assegura. Afinal, ambos saem ganhando: a corporação, por diminuir a desmotivação e o turnover; e o profissional, o qual evoluirá e terá mais sucesso nos negócios!
Faça sua parte e conte com o Nube!