Visando a preservação ambiental surge o conceito da logística reversa. O processo consiste em duas etapas básicas: coleta + reciclagem e reutilização. A ação já é obrigatória em vários países e têm se difundido gradativamente entre as grandes indústrias dos mais diversos segmentos no mundo todo, motivando a criação de novas legislações. A ideia é tornar empresas dos mais variados segmentos legalmente responsáveis por todo o ciclo de vida útil de um produto, promovendo uma melhor utilização ou o descarte correto dos bens de consumo.
No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS, baseada na lei nº 12.305, prevê a redução e reciclagem na geração de sedimentos. Dessa maneira, regulamenta e impõe a implementação de sistemas de produção e consumo consciente a fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Há diversas maneiras para empreendimentos de grande e pequeno porte aplicarem a iniciativa em seus procedimentos, como buscar desenvolver embalagens mais sustentáveis, com composição mais homogênea e menor peso.
“Com dinâmicas bem estruturadas desde sua origem, tornaremos o setor empresarial mais sustentável”, afirma Nilo Cini Junior, presidente do Instituto de Logística Reversa – Ilog do Paraná. A FAS - Fundação Amazonas Sustentável, localizada no Amazonas, também está de olho na questão. Recentemente, fechou parceria com as Lojas Americanas e juntas investiram na educação ambiental voltada para boas práticas em gestão de resíduos sólidos. “Ao todo, a iniciativa impactará 123 comunidades ribeirinhas e indígenas e mais de 1.500 pessoas por meio de projetos apontados como prioritários por moradores da região”, comenta Carlos Padilha, diretor financeiro e de sustentabilidade da Lojas Americanas.
Apesar da responsabilidade das companhias com o tema ser grande, os cidadãos também têm um papel crucial na coleta seletiva. “Tudo começa com a separação adequada do entulho doméstico. Se cada fonte geradora, como residências, escolas e restaurantes separar materiais recicláveis, tais como papéis, metais, plásticos e vidros, dos lixos orgânicos, tudo fica mais fácil”, detalha Cini Junior.
Além de representar um processo vital para o desenvolvimento do planeta, a logística reversa é muito vantajosa do ponto de vista econômico tanto para empresas, quanto para os consumidores. A ação garante uma redução significativa na exploração de recursos naturais, diminuindo o impacto ambiental e os custos com matéria-prima. Isso torna a produção mais barata e pode refletir diretamente no preço do produto final.
Fora isso, os jovens interessados nesse tipo de empreitada também ganham pontos em processos seletivos. Afinal, os recrutadores veem com bons olhos quem tem uma visão diferenciada e luta por uma sociedade mais consciente. Então, faça sua parte. A responsabilidade com a natureza é de todos!