Os jovens entraram de vez no mercado de trabalho. Para os recrutadores, apesar de trazerem inovação, vontade de aprender e proatividade, eles não são agradados facilmente. Segundo pesquisa, publicada no Estadão, os profissionais recém-formados são difíceis de atrair e reter. A principal razão é a busca pela qualidade de vida.
Daniela Boiteux, especialista em gestão de pessoas, do Rio de Janeiro, atrela essa questão a um simples, mas desafiador benefício: motivação. “Comprovadamente, pessoas felizes no seu ambiente de trabalho produzem mais. Logo, não é apenas uma questão de deixar o indivíduo satisfeito, mas também garantir o seu desempenho na empresa”, explica.
As companhias, nesse contexto, precisam entender: os estímulos para as novas gerações já são outros. De acordo com levantamento do Nube, 76% dos jovens valorizam empreendimentos com um projeto de crescimento interno, superando, até mesmo, o interesse em bons salários. Outros fatores também apontados foram: “poder trabalhar em equipe” e “ter espaço para dar ideias”.
Para a executiva de contas, Camila Pedroso, o clima na organização e o relacionamento entre as equipes, líderes e colaboradores, também são pontos altos para o seu engajamento. Para a jovem, é fundamental manter uma boa relação. “Os resultados alcançados são um conjunto dos esforços pessoais e todo o apoio dado pelos colegas. Isso faz muita diferença”, afirma.
Além disso, os mais novos procuram sempre um propósito. Para isso, Daniela acredita ser fundamental investir e criar um vínculo entre corporação e funcionário. Afinal, quando há reconhecimento, liberdade, flexibilidade na jornada de trabalho, atuação das lideranças e a preocupação com a saúde do colaborador, ele entende seu papel naquele lugar e age em sinergia para trazer melhores rendimentos.
Portanto, a especialista aconselha a fazer um mapeamento para entender quais devem ser as prioridades a serem avaliadas, assim, criar programas, benefícios e incentivar a busca por zelo na saúde mental e física. Boa sorte!