Governo ou oposição. Petralha ou coxinha. Impeachment ou golpe. As polêmicas no campo político têm dividido os debates nos últimos tempos. Com a eleição, as discussões estão cada vez mais acaloradas e, muitas vezes, desrespeitosas.
Além da conversa entre amigos e familiares, o debate alcançou também salas de reuniões, almoços com chefes e clientes e o dia a dia nas empresas. Helder de Carvalho é consultor político em Ribeirão Preto e assegura: “a eleição significa o ponto alto da democracia”. Assim, nessa ocasião, o cidadão outorga o poder ao seu representante frente ao planejamento e condução dos trabalhos capazes de regular o convívio da população. “Por exemplo, educação e mercado de trabalho são áreas interessantes para quem está buscando vagas de estágio. Agora, escolheremos os modelos políticos, os quais causarão impacto direto sobre esses segmentos, determinando como será nosso futuro”, afirma.
Então, em meio a essa realidade, a dúvida é: como se comportar dentro da corporação e não cometer deslizes? Para o coach e consultor de carreira Emerson Weslei Dias, todos têm direito de expôr suas convicções. No entanto, é preciso ter cuidado redobrado no mundo corporativo, pois muitos acabam perdendo a compostura.
"Se você tem um candidato preferido, não há problema em se manifestar nesse sentido, mas os outros também poderão apontar sua visão", afirma. Ou seja, entrar para uma conversa sem disposição para realmente ouvir o outro, com certeza, não vai dar certo. "É saudável mostrar por exemplo os motivos pelos quais você escolheu X ou Y", diz.
Segundo o especialista, estar antenado é muito positivo e mostra seu interesse na vida em sociedade. Contudo, alerta: tenha cuidado para não disseminar fake news. "Use sempre fontes confiáveis para coletar informações, como jornais e revistas de reputação, site do TSE etc", recomenda.
Inteligência emocional é o segredo para não exagerar. "Equilíbrio te dará a capacidade de manter a conversa no nível e tom adequados", afirma. Além disso, há também o item responsabilidade social, ou seja, apaziguar os ânimos e não colocar mais gasolina na fogueira.
Para Silmara Santos Adad, supervisora do curso de Etiqueta e Comportamento Corporativo do Centro Europeu, o assunto não precisa ser evitado, mas exige muito cuidado. “Política se transformou no tema preferido dos brasileiros nos últimos anos. Isso nem sempre é positivo, pois mexe com emoções e ideais”, reflete. Por se tratar de algo tão polêmico, o tópico invadiu o universo organizacional e é aí o ponto chave para ser cauteloso. “O seu colega, cliente ou chefe pode ter uma opinião diferente da sua”, detalha Silmara. Portanto, atente-se para não dar bola fora!
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