No dia 25 de setembro de 2008, entrou em vigor a Lei 11.788, responsável pela regulamentação do estágio para todo o país. Nesse dispositivo, foram garantidos vários benefícios e estipuladas diversas normas. Essas regras englobam todos os conceitos básicos para promover o desenvolvimento profissional de estudantes. Quer saber mais? Então leia esta matéria!
Atualmente, são cerca de 1 milhão de universitários e secundaristas inseridos no mercado por meio dessa modalidade, segundo a Abres - Associação Brasileira de Estágios. Desses, 740 mil são representantes do ensino superior, enquanto os outros 260 mil estão matriculados no ensino médio ou técnico. Justamente para controlar as normas da realização dessa prática, são garantidos alguns pontos imprescindíveis, como o limite de contribuição de até 6 horas ao dia e 30h semanais.
Também é estabelecido o fornecimento de recesso remunerado, seguro contra acidentes e auxílio-transporte. Outra vantagem é a possibilidade do aluno reduzir seu período de contribuição pela metade no período de avaliações de seu curso. É válido ressaltar: as datas dos testes devem ser passadas à organização no início do ano letivo, justamente para não prejudicar os envolvidos.
Para Liliana Sebusiani, gerente de empregabilidade da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, essa medida promove uma performance melhor nas provas. “É possível se concentrar nos testes, até porque ter sucesso a cada avaliação conta para sua formação”, afirma.
Ainda para a especialista, o ato educativo escolar supervisionado é a porta de entrada no mercado de trabalho para muitos. “Além de fornecer uma experiência marcante, essa prática ajudará a entender os desafios da profissão escolhida”, defende. Para Liliana, essa legislação permite maiores condições de almejar uma posição sob a lógica da ética e da responsabilidade. “A existência de uma lei é fator determinante para as partes envolvidas cumprimrem suas obrigações. Se todos cumprem seu papel, o ganho é garantido”, ressalta.
André Lacombe é coordenador de estágios e serviços profissionais, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), do Rio de Janeiro. Para ele, um dos principais benefícios da legislação diz respeito à regra de oferecer uma bolsa-auxílio, na modalidade não-obrigatória. “Com esse pagamento, muitos podem financiar seus estudos, em todo ou em partes. Conseguem ajudar seus pais em casa, minimamente reduzindo a dependência financeira”.
Lacombe ainda explica: “Ao receber uma recompensa por seu trabalho, o cidadão passa a valorizar o dinheiro”, acredita. “Os ganhos monetários para qualquer trabalhador vão além da capacidade de compra: eles ensinam decisões e valores para a vida”, continua. O coordenador reforça a prioridade de conciliar os conteúdos desenvolvidos em sala de aula com a prática do ambiente corporativo. “Se as empresas não respeitam essa lógica, estão dificultando a formação do aluno”, conta.
Larissa Oliveira é estagiária em São José dos Campos. Com algumas experiências em seu currículo, ela afirma: “uma das maiores vantagens em estar inserida no mercado de trabalho é a grande abertura para conhecer e aprender com a companhia”. Ainda de acordo com a universitária, essa contratação ajuda a ser alguém melhor. “Tenho a chance de ser orientada, corrigida e amparada, por meio de vivências relacionadas ao ensino da faculdade”, finaliza.
Desse modo, quem ocupa essa posição, fica apto a desempenhar um papel fundamental na economia do país. Afinal, a formação dos estudantes como excelentes profissionais só será garantida com experiências. Por isso, a data serve como um lembrete de como essa atividade é imprescindível para a vida de muitos jovens.