Muitas empresas estão revendo seus conceitos e enxergando os benefícios de contratar e reter pessoas experientes, com uma bagagem importante. Os sessentões são profissionais com vivência e rede de relacionamento, inteligência emocional e jogo de cintura para encarar desafios.
A idade, para uma parcela importante de organizações, já não está mais sendo levada em conta no momento de uma seleção. Com o conceito de ambiente multicultural e vendo os benefícios da integração das diferentes gerações, os gestores procuram quem possui maior foco no desempenho de seus projetos e proatividade.
Quando falamos de pessoas mais maduras, há o ganho dessa mão de obra ter prazer em se manter ocupada. “Isso vai além do conhecimento do trabalho e da consciência de sua contribuição ao resultado”, explica Jorge Ramalho, membro da Abracem - Associação Brasileira de Coaching Executivo e Empresarial, com sede em Osasco.
A empresa ‘Vem, VIda’ é uma das adeptas dessa nova realidade. Por produzirem produtos para a terceira idade, acham essencial contar com esses talentos em seu time. “Nosso objetivo é gerar incremento de renda para eles poderem ter mais independência financeira e aproveitarem sua longevidade. Trabalhamos em conjunto com a diversidade de perfis”, explica Ude Lottfi, sócio-fundador e diretor de marketing e relacionamentos.
Se você está em busca de uma oportunidade, Ramalho cita algumas dicas:
- Desenvolva flexibilidade e opções reais de entrega de valor.
- Cultive a capacidade de observação e análise para contornar situações críticas.
- Mantenha-se atualizado com as tecnologias emergentes.
- Tenha humildade e espírito de servir. Lembre-se: você já esteve no lugar dos jovens em início de carreira.
- Seja fonte de inspiração, orientação e incentivo. Os mais novos precisam de estímulo para direcionar seu vigor e alcançar seus objetivos.
“O grande desafio é manter o equilíbrio entre o novo e as vivências acumuladas”, explica Ramalho. Para ele, a convivência de várias gerações no mesmo ambiente provoca um inevitável choque de valores. “Todavia isso não é um problema, se cada um contribuir para essa realidade ser uma oportunidade preciosa de troca de aprendizado!”, assegura.
E aí, pronto para voltar ao mundo corporativo?