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Liderança: o que podemos aprender com Tite? 

Notícia | 12/06/2018

Cláudia Giannoni

Estamos a poucos dias da Copa do Mundo, considerado um dos maiores eventos esportivos. Se na competição passada, os olhos estavam voltados para Neymar, em 2018, as atenções estão depositadas no chefe da equipe: Tite. Pensando em seu perfil de líder, listamos algumas dicas. Se você é estagiário, aprendiz ou comanda um grupo de pessoas, acompanhe e veja em quais pontos se espelhar!

Sua capacidade de comando direciona a principal esperança de um título para nosso país. A grande maioria acredita em seu potencial como técnico, por conta de alguns fatores, como sua experiência prévia comprovada, estilo único de motivar atletas, autocontrole em momentos difíceis e de grande conexão com a torcida.

Para o consultor e palestrante, Uranio Bonoldi, o gaúcho de 56 anos, tem algumas características próprias de um líder.

1 - Assumir responsabilidade: quando voltamos os olhos para o mercado de trabalho, é comum encontrarmos gerentes atribuindo apenas para si próprios os resultados positivos. Porém, quando o cenário é negativo, o time acaba sofrendo as consequências. É a velha máxima: a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco. Para ter os colaboradores na mão, é preciso grandeza para estar junto nos momentos bons e ruins.

2 - Defender o grupo de situações dentro e fora de campo: identificar um comandado em má-fase é também responsabilidade de um bom gestor. Vida pessoal e profissional caminham juntas. Por isso, ter uma aproximação com os funcionários, entender possíveis fragilidades e apoiar nos momentos difíceis fortalecem o espírito de união.

3 - Motivar a superar os desafios: a competitividade por resultados pode tornar os dias mais estressantes. O supervisor, então, precisa identificar talentos individuais. É preciso cada jogador estar na posição onde renderá mais. Por isso, o engajamento deve ser frequente no ambiente corporativo, não apenas na equipe diretamente envolvida no projeto, mas em todo o staff.

4 - Discutir tática com outros técnicos brasileiros e também com o time, mostrando-se aberto a críticas e também convicto de suas opiniões: Winston Churchill, primeiro-ministro inglês, certa vez teria dito: "em uma reunião ministerial, gosto de ouvir a opinião de todos os presentes. Contudo, ao final, todos devem concordar comigo". Dono de um humor sarcástico, é quase certo a frase ter sido proferida em tom de brincadeira, afinal Churchill também tinha de fazer suas concessões para concenso geral. Porém é muito comum identificar diretores, os quais não abrem a oportunidade para seus liderados opinarem sobre as decisões. Tomam medidas impositivas e não consultam nem os pares de mesmo nível hierárquico. Se você se identificou com esse parágrafo, é importante rever suas ações.

5 - Perfil discreto: adotar um estilo de marketing pessoal muito agressivo pode ser visto de maneira negativa. Mostre sim seu desempenho, porém o produto final de seu empenho falará sempre mais alto. Contra fatos não há argumentos.

Por isso, entre uma partida e outra, aproveite para observar o perfil do Tite e, a partir dos exemplos em campo, transporte algumas de suas boas atitudes para o seu dia a dia no mundo corporativo. “Não deixe de avaliar como ele escolhe e como toma decisões. Teremos inúmeras lições a tirar de seu estilo”, finaliza Bonoldi.

No Nube, a preocupação com o capital humano está em primeiro lugar, por isso, quem ocupa cargos de gestão passa por diversos treinamentos, como o de inteligência emocional. Com isso, o relacionamento entre quem comanda e quem executa as tarefas cria um ótimo ambiente e, assim, cada integrante da organização se sente estimulado. “Segurança é tudo hoje em dia e valorizo o acompanhamento diário de meus superiores. Como agradecimento, só penso em crescer, expandir meus conhecimentos e suprir a expectativa da minha supervisão com relação aos meus números”, afirma Gabriel Queiroz, executivo de contas.
 
Para quem está em uma posição de destaque, Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T, também com filial em Campinas, recomenda confiar nos times e na capacidade dos indivíduos. “Aposte na autonomia e trabalhe para criar um local onde todos tenham consciência de serem um talento”, ressalta.

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