O número de jovens e adultos interessados em intercâmbios para os Estados Unidos ou Europa vem crescendo a cada ano. Dois fatores são os mais significativos na hora da decisão: o primeiro é o fator econômico do país em crise, ocasionando a busca de melhores condições de emprego e estudos e o segundo é a procura por uma especialização qualificada em instituições de ensino, capazes de valorizar ainda mais o currículo.
Contudo, ficar fora por meses, exige do aluno uma atenção redobrada na hora de contratar a agência para representá-lo no exterior, os professores, acomodação, entre outros. Segundo o diretor da ML Intercâmbios de São Paulo, André Guimarães, “o maior problema encontrado é quando os estudantes chegam ao exterior e dão com a cara na porta, sem local para ficar, sem escola, sem ajuda”, enfatiza.
Pensando nisso, ele listou algumas dicas fundamentais na hora de se planejar:
- Programe-se com antecedência: muitas vezes, o visto pode demorar para ser concedido.
- Preste atenção ao clima: grande parte dos destinos têm inverno bem mais rigoroso, com temperaturas negativas, como Dublin por exemplo, o qual chega a -5º. Levar casados, luvas e protetores de orelha são essenciais.
- Converse com quem já passou pelo mesmo programa: ter relatos de experiências já vividas ajudam na hora da decisão final do roteiro e do curso.
Um dos fatores mais importantes, segundo André Guimarães, é não ir sem um seguro-saúde. “Se houver a possibilidade de praticar esportes radicais, veja se a cobertura está inclusa no pacote. O benefício é fundamental para casos de urgência”, enfatiza. Afinal, o custo particular para despesas hospitalares é absurdamente caro.
No caso de de pós-graduação, verifique se o seu nível linguístico é compatível com o exigido. Confira se a agência de viagem faz parte de federações nacionais ou internacionais. Vale checar também se a empresa tem escritórios próximos ao seu destino. Desconfie de orçamentos muito fora da média do mercado e, por último, leia o contrato com atenção. “Cheque a cláusula de desistência, pois imprevistos podem acontecer”, ressalta Guimarães.
Ana Paula Maia Latini tem 27 anos e é Gestora de Marketing. Para ela, a oportunidade de cruzar fronteiras é primordial. “Marca para sempre. A gente cresce seis anos em seis meses, tanto em questão de estudo, quanto em relação à maturidade, afinal, você está sozinho e tem de se virar”, comenta. Ela diz ter desenvolvido não só o gosto por uma nova língua, como também aprimorou coisas importantes como determinação, paciência, e solidariedade. “Aprendemos a lidar com o outro, a respeitar e ajudar o próximo. Certamente, me transformou como estudante, profissional e pessoa”, revela.
Maurício dos Santos Alves, 24 anos, é Engenheiro de Produção e saiu pela primeira vez do Brasil sentido Dublin. “Foi um mês longe de casa e de tudo. Pode parecer pouco tempo, mas você chega e se depara com um dialeto, o qual não domina, ruas desconhecidas e dificuldade de sair do aeroporto e chegar na sua nova casa. O desespero logo vem. Porém, depois do choque inicial as coisas começam a encaixar, você consegue andar sozinho e sem preocupação, descobre novos lugares, conhece pessoas de todo o mundo, e muitos, muitos pubs”, afirma. Segundo ele, os dias parecem não ter 24 horas, o tempo passa voando e a intensidade como as coisas acontecem é inexplicável e inesquecível. “As amizades de um dia parecem ser de anos, os passeios pelos castelos e paisagens encantadoras da Irlanda são tão bonitas, a alegria desse povo amigável é contagiante. Fui para curtir um ano em trinta dias e consegui! Foi o melhor mês da minha trajetória, até hoje”, comemora.
Para Moisés Anastácio, Chief Executive Officer da ML Intercâmbios de Belo Horizonte, a vivência possibilita voltar com uma bagagem cheia de sonhos e aprendizados. “É uma mudança tremenda na forma de perceber o mundo e a nós mesmos. Cada desafio encarado é importante para o seu crescimento pessoal e as conquistas são um grande passo, seja se comunicando com um nativo sem sofrer, ou conseguir um emprego”, incentiva.
Agora é com você. Boa sorte!