Caracterizado por ser uma via de mão dupla, cada vez mais o trabalho voluntário avança no país. Se até pouco tempo atrás a maioria das ações sociais acontecia por meio de projetos pessoais e de grupos religiosos, hoje, o cenário mudou. As empresas enxergam nessa prática uma oportunidade para contribuir com as comunidades das áreas onde estão instaladas e promover mudanças sustentáveis.
Além disso, o voluntariado permite desenvolver diversas habilidades e competências, como liderança, trabalho em equipe e comprometimento. Um estudo do Programa de Voluntários das Nações Unidas no Brasil apontou o fato dos funcionários participantes de programas de adesão voluntária, organizados por corporações, terem índice de engajamento 16% maior em relação a quem não realiza essa atividade. “Fazer o bem ao próximo beneficia não só quem é ajudado, mas também a quem executa a ação. O voluntariado permite desenvolver habilidades valiosas para a carreira e contribui para melhorar o relacionamento e a colaboração entre os funcionários”, afirma Jorge Santos Carneiro, presidente da Sage Brasil e América Latina, também com atuação no Rio de Janeiro.
Alex Cervino, de 36 anos, analista editorial da Sage, faz parte desse universo. Ele auxilia a Associação Evangélica Lar Efrata, instalada na capital paulista, onde viveu por nove anos durante sua infância. Dessa vez, porém, como voluntário. “É uma honra poder retribuir um pouco da formação recebida naquela instituição. Quando estou ali, procuro explicar aos jovens como o mundo real é cruel com quem vive em orfanatos. Eles precisam estudar, insistir, perseverar. Também desenvolvo outras tarefas, como ajudar no refeitório, na pintura dos alojamentos”, explica Cervino.
Atualmente, cerca de 16 milhões de brasileiros praticam alguma atividade do tipo, segundo a última pesquisa realizada pelo Datafolha.
E você, já contribui para um mundo melhor?