A melhor carreira de 2017 nos Estados Unidos, segundo o site CareerCast, é também a segunda mais rentável no Brasil, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar de pouco conhecida, a estatística, ciência responsável por coletar, analisar e sumarizar dados, é reconhecida como a profissão do futuro na era do Big Data. Saiba mais aqui!
De acordo com Adilson Simonis, professor do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP – Universidade de São Paulo, a demanda pelo ramo é causada pela enorme quantidade de dados produzidos diariamente, contrastando com a falta de profissionais formados para lidar com eles. Afinal, segundo dados do Censo Inep/MEC, ingressam por ano apenas 12.559 estudantes na graduação e 1.180 se formam.
A base das principais matérias é matemática e computação. Por isso, o aluno deve ter afinidade com exatas. “Além disso, deve ser uma pessoa curiosa, saber fazer essa conversa entre os números e a aplicação”, acrescenta Jorge Luiz Bazán Guzmán, professor do ICMC - Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação. Outra característica fundamental é se identificar com ações públicas e sociais. “Um estatístico trabalha com dados de significado humano e os transforma em informação compreensível para todos”, destaca.
Quanto ao mercado de trabalho, as previsões são as melhores possíveis. “Previsões e análises podem ser aplicadas aos mais diversos campos, como o direito, o esporte ou a medicina”, explica Guzmán. Logo, os educandos não encontram dificuldades em conquistar uma colocação.
Julio Trecenti é um desses estudantes. Ele se adaptou ao mundo corporativo desde muito cedo, em 2012, enquanto produzia seu projeto de conclusão de curso. O bacharel participou da constituição da Associação Brasileira de Jurimetria (ABJ) e iniciou na organização já como diretor técnico, posição ocupada até hoje. Atualmente, também é doutorando no IME e vice-presidente do Conselho Regional de Estatística.
Para ter um caminho como o dele, muitas são as possibilidades. É possível participar de empresas júnior, no mercado financeiro, com análises previdenciárias, controle de qualidade da produção em indústrias, pesquisas clínicas e análise de testes de medicamentos, entre outros. “O estatístico está sendo valorizado pelas soluções propostas por ele, inovadoras”, pontua o professor Simonis. A demanda por esse tipo de profissional aumentou após a criação da Lei de Acesso à Informação (LAI). “Agora, temos disponível um enorme volume de dados públicos, os quais precisam ser organizados e interpretados para se transformar em informação útil e compreensível para a população”, afirma.
De acordo com a Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio do Nube, a quantia paga a um estagiário, em média, é de R$ 1.120,01. No Município do Rio de Janeiro, o piso salarial da categoria, aplicável para recém-formado, foi de R$ 2.200,00/mês, segundo levantamento do Confe- Conselho Federal de Estatística RJ. Todavia, as remunerações variam extremamente em função dos cargos ocupados, do setor de atividade econômica, de sua titulação, de sua experiência, da complexidade, podendo chegar até R$ 16 mil.
Para Julio Trecenti, a estatística é um método científico e seguro para solucionar problemas da sociedade. “Você pode usá-la para a obtenção de qualquer conhecimento. Por isso, é tão importante para o futuro”, assegura.
E aí, se identificou? O Nube acredita em seu potencial!
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