Você se interessa pela área de ciências sociais, aprecia livros e centros de documentação? Se sim, fique de olho em nossa matéria, pois falaremos tudo sobre um ramo próprio para quem procura uma profissão com essas características. Estamos falando da biblioteconomia.
A graduação dura em média quatro anos e reúne disciplinas como português, inglês, história, indexação, contabilidade, marketing, entre outros. Segundo o Censo Inep/MEC, matriculam-se por ano 1.984 alunos e concluem 875. Devido a baixa mão de obra capacitada, um disposto na lei federal de 2010, pede, com urgência, a formação de mais de 160 mil novos bibliotecários. Isso porque se tornou obrigatória a instalação de uma biblioteca com, pelo menos, um livro por estudante em todas as instituições de ensino do país até 2020. Segundo o Conselho Federal de Biblioteconomia, hoje, existem apenas cerca de 20 mil profissionais ativos.
De acordo com a coordenadora do curso na UniRio, no Rio de Janeiro, Daniela Spudeit, o diploma para um atuante nesse campo já existe há mais de 100 anos no Brasil. “Contudo, a carreira está, até hoje, se consolidando e abrindo espaços, buscando visibilidade e valorização”, assegura.
O mercado permite trabalhar com consultoria, gestão do conhecimento, normatização, em bibliotecas públicas, escolares ou particulares, centros de documentação, arquivos, museus, editoras, provedores de Internet, ONGs, clubes, centros culturais e associações. “O profissional é multidisciplinar e complementa outras áreas por ser um verdadeiro administrador de dados, processando e divulgando as informações”, explica a bibliotecária Arminda da Ressurreição Moura.
Com o advento da tecnologia, o trabalho de quem se forma no ramo também se torna fundamental para a criação e manutenção de arquivos digitais e para a montagem de bancos de dados em computadores. Segundo a Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio do Nube, a média paga aos estagiários gira em torno de R$ 896,50.
Interesse e criatividade são características essenciais para quem almeja ingressar no campo. Para Arminda, os frutos são os melhores possíveis. “Capacitar uma criança, trabalhar o nome de grandes escritores, apresentar a literatura a uma pessoa e dissipar conhecimento não tem preço. A satisfação pessoal é a maior possível”, incentiva.
E você, se identificou? Pense com responsabilidade e boa sorte!
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