Um dos ramos de maior destaque no Brasil nos últimos tempos é o do agronegócio. O setor representa 23% do PIB e cerca da metade do faturamento das exportações do país, segundo o Cepea/Esalq - Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Em larga expansão, a profissão tem chamado a atenção dos jovens e captado cada vez mais estudantes. Se você pensa em seguir na área, conheça todos os desafios nesta matéria!
O curso de agronomia dura em média cinco anos e concentra, nos primeiros semestres, matérias como biologia e bioquímica. Com o decorrer do aprendizado, disciplinas profissionalizantes são inseridas na grade curricular e focam em subáreas, como ciência do solo e agricultura. De acordo com dados do Inep/MEC, ingressam por ano 21.723 alunos na graduação e se formam 8.561.
Para Sérgio Raposo, agrônomo e pesquisador da Embrapa Gado de Corte, com unidade no Rio de Janeiro, uma das principais características da graduação é ser extremamente ampla. “Aprende-se a estrutura molecular das argilas e os RNA mensageiros, passando pelas características morfológicas das plantas e questões de sociologia e economia, indo até detalhes sobre construções rurais ou do funcionamento de máquinas e implementos”, explica.
O campo oferece a cada dia mais oportunidades e, segundo o Cepea/Esalq, já emprega 19 milhões de pessoas. Ou seja, 20% do total de empregos no país. O Ministério da Agricultura, por sua vez, projeta, em 10 anos, a ascensão de 30% na área do plantio de soja. Ou seja, as previsões não poderiam ser melhores. Para os interessados, é possível atuar em órgãos do governo, em empresas exportadoras ou importadoras, em indústrias de alimentos, sementes, adubos e equipamentos, ou em grandes propriedades rurais. Ramos como defesa sanitária, fitotecnia, manejo ambiental, silvicultura e zootecnia oferecem boas oportunidades.
Um estagiário de agronomia receberá a remuneração mais bem paga no país, conforme aponta a Pesquisa Nacional de Bolsa-Auxílio do Nube. O valor chega a R$ 1.846,07. “O mercado segue a lei da oferta e procura. Como temos pouca mão de obra especializada, comparado as demais carreiras, a profissão segue no topo da lista desde 2014”, explica o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci.
Contudo, mesmo diante dos bons índices, só siga na área se realmente tiver motivação pelas tarefas. “Se a pessoa respeitar seus desejos internos, procurar descobrir e seguir sua vocação, ela desempenhará seu trabalho com boa vontade e conseguirá ir além, alcançando o sucesso por consequência”, finaliza Raposo.
E aí, decidido sobre sua trajetória? Conte sempre com o Nube!
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