Quantas vezes você já sonhou em mudar o mundo? A vontade de fazer o bem impulsionou a criação de uma organização mundial, voltada a analisar projetos e ideias inovadoras de milhares de jovens. Estamos falando da Enactus. Saiba tudo sobre o assunto!
A iniciativa nasceu em 2001 e, hoje, já está presente em 37 países, sendo representado por mais de 1.600 times, com cerca de 8.700 estudos em execução. A intenção é mobilizar alunos, acadêmicos e líderes comprometidos a usar o poder do empreendedorismo para promover o progresso nos quatro cantos do mundo.
Guiados por professores conselheiros e especialistas em negócios, os participantes formam times em suas universidades para criar e implementar ações comunitárias com o objetivo de promover uma melhor qualidade de vida e subsistência. Após uma rígida avaliação, os vencedores passam para a competição mundial e concorrem com 69 mil alunos, de 118 países. Essa experiência já impactou mais de 1,177 milhão de pessoas.
Contrariando o costume de concorrer em grupo, Mariana Belvederesi de Oliveira, da área de Tecnologia do Nube, iniciou um trabalho individual. A ideia de seu estudo surpreendeu a delegação nacional e ele passou na frente de diversas outras pesquisas e se tornou uma exceção. Ela defendeu sozinha seu sistema de alta precisão para análises clínicas com simulação de tratamento. “Por meio de um exame de sangue, desenvolvi uma ferramenta capaz de diagnosticar qual doença o paciente tem. Ou seja, ela cruza as informações com outro banco de dados para saber qual é o problema e o melhor tratamento a ser aplicado”, explica.
De acordo buscas realizadas no decorrer do projeto, Mariana percebeu existirem, apenas com a letra ‘A’, 23.444 patologias. “Se pensarmos em um alfabeto de A a Z, vemos como é humanamente impossível para um médico saber sobre todos. Logo, a estimativa é reduzir em 60% as chances de erro e com isso salvar milhões de vidas”, enfatiza.
A estudante não contou com recursos e toda a ajuda de custo necessária. Com isso, perseverou em busca de seu sonho, promovendo almoços, bingos, vaquinha entre amigos e na Internet, vendendo pirulitos na rua e pedindo auxílio na Avenida Paulista. Após uma rotina bem cansativa, obteve êxito e juntou todo o valor necessário para a viagem. Assim, disputou entre 14 e 25 de fevereiro, em Toronto, no Canadá, durante 12h por dia, etapas como apresentação, debates, confronto, avaliação e reestruturação. Do Brasil, apenas Mariana e um time de alunos do Tocantins foram escolhidos e ela alcançou a 9ª posição, a melhor colocação de tupiniquins em toda a história do evento. "Foi emocionante. Troquei experiência com milhares de pessoas de todo o mundo, melhorei o projeto, conheci ideias incríveis e recebi muitas propostas para desenvolver o sistema. Estou muito feliz", comenta.
Dentre os contatos, Mariana se tornou embaixadora de uma grande organização internacional e auxiliará muitos outros empreendedores. “É um orgulho ter uma colaboradora com essa visão. Cada vez mais, o mercado de trabalho busca por talentos com iniciativa, proatividade e criatividade. Mariana, assim como a grande parte de nossa equipe, reúne essas competências. Torcemos por ela e, especialmente, para seu estudo ser desenvolvido em larga escala”, incentiva Carlos Henrique Mencaci, presidente do Nube.
Tenha esperanças, pois sim, existem muitas pessoas atuando para uma realidade melhor!
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