As tecnologias trazem, cada vez mais, grandes avanços às populações ao redor do mundo. Agilidade, praticidade e maior segurança em diversas situações são alguns dos ganhos obtidos. Contudo, como toda transformação, muitos não enxergam as mudanças como benéficas e reagem às suas modificações. Assim ocorreu com a chegada de um app, criado para facilitar a vida dos passageiros. Ele movimentou as ruas do país, mas também virou motivo de estresse para muitas pessoas. Para avaliar esse cenário, o Nube realizou uma pesquisa com o seguinte questionamento: “Você é a favor do Uber?”. A resposta sinalizou a necessidade da aceitação!
O estudo foi realizado com 12.559 jovens, entre 15 e 26 anos, em todo o país e ocorreu entre 23 de maio e 3 de junho. Mais de 77% apoiaram o aplicativo. Desses, 39,28%, ou seja, 4.933 votantes defenderam sua utilização pois “as corridas são mais baratas”. Os outros 38,4% (4.823) afirmaram: “sou contra a reserva de mercado”.
Para Greici Daniel, analista de treinamento do Nube, o resultado mostra como cada vez mais a juventude se preocupa com a qualidade e variedade dos produtos e serviços oferecidos. “Eles querem ter a possibilidade de comparar, para poder escolher quem melhor atende às suas necessidades. Acreditam na necessidade do consumidor ter liberdade de escolha e por isso são contra o monopólio”, explica. Além disso, até mesmo pela faixa etária, o fator preço também é muito importante. “Quando encontram algo com mais pontos positivos e menor custo, não pensam duas vezes para virarem consumidores”, complementa.
Apesar do alto índice de preocupação com a livre concorrência e com os valores mais acessíveis, 17,81% (2.237) se mostraram preocupados em não lesar ninguém e optaram pela opção “depende, se não prejudicar os taxistas”. De acordo com a especialista, os motoristas de táxis, em um primeiro momento, podem até se sentir afetados. Contudo, se pararem para analisar a situação de forma mais abrangente, certamente, encontrarão alternativas para permanecer no mercado, destacando seus atrativos e investindo em melhorias. “Todos precisam sair da zona de conforto e responder aquela famosa questão 'é possível melhorar?'. Com isso, há ganhos para a maioria, pois a reflexão leva a diversos diferenciais para continuar se destacando”, enfatiza.
Na contramão das novas tendências, 2,71% (340) afirmaram: “não sou a favor, abre espaço para concorrência desleal” e outros 1,80% (226) foram na mesma linha e pontuaram “já tem muito táxi no mercado”. Greici não avalia a disputa injusta e é incisiva quanto ao fato de existir espaço para todos. “Diversos indivíduos utilizam esse tipo de serviço, logo, não vai faltar trabalho para quem souber analisar a situação e oferecer atrativos. Muitas vezes, a conquista vem com pequenos gestos, como ser atencioso, educado, prestativo e interessado em agradar o cliente. Na maioria dos casos, isso pode ser o suficiente para fidelizar um passageiro”, argumenta.
Para quem ainda não utilizou o novo recurso, vale a pena pesquisar e ouvir a opinião dos amigos e colegas, os quais já tenham utilizado esse meio de transporte. “Não dá mais para abrir mão do conforto, da praticidade e da facilidade oferecida pela tecnologia. As mudanças estão ocorrendo e sempre encontraremos pontos positivos e negativos para levar em consideração. Por isso, é preciso se permitir experimentar e explorar novas possibilidades para criar a sua própria opinião”, conclui Greici.
E aí, pronto para novas aventuras?