É possível ser feliz sem ter casa, comida e estrutura familiar? E manter a sanidade? Afinal, qual a relação entre doenças mentais e pobreza?
De acordo com pesequisa da ONG Meu Sonho Não Tem Fim, há mais de 24 milhões de pessoas acima de dez anos com problemas mentais permanentes no Brasil. O levantamento, baseado em dados do IBGE e realizado em 2013, detectou: 83,32% delas são pobres.
Em 2005, outro estudo havia sido feito por Christopher G. Hudson, Ph.D em políticas de saúde mental. Após analisar 34 mil pacientes com duas ou mais hospitalizações psiquiátricas em Massachusetts, nos Estados Unidos, entre 1994 e 2000, a conclusão foi: condições econômicas estressantes, como desemprego e impossibilidade de pagar o aluguel, levam a doenças mentais. A incidência em comunidades ricas foi de 4%, enquanto nas mais pobres foi de 12%.
@Ugo Estudar Bruzandin Nunes, seguidor da Fan Page do Nube no Facebook, acredita na possibilidade dessa relação. “Pelo fato de muitas das doenças psicológicas e psicopatológicas terem parte de sua concepção ontológica, ou seja, ambiental, social e cultural, a pobreza pode causar: exclusão, alto risco de doenças e infecções, falta de educação... e tudo isso aumenta as chances da ocorrência dessas enfermidades”.
Como isso poderia ser mudado? A redução da desigualdade pode ser um caminho. O doutor em Psicologia Fernando Pérez del Rio, em depoimento ao veículo Carta Capital, afirmou: “Ser pobre em um local rico pode ser ainda mais danoso à saúde em relação a ser em uma área de extrema miséria”.
Se você nunca havia parado para pensar sobre isso, passe a observar o lugar onde vive e como ele funciona. Caso se interesse pelo assunto, profissões como assistente social, psicólogo, psicanalista e psiquiatra, são algumas das possibilidades nas quais você pode se aprofundar.
E aí? Preparado para ajudar as pessoas?
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