SÃO PAULO - Segundo pesquisa do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), feita entre os dias 6 e 17 de maio, a maior parte dos chamados amigos em redes sociais são apenas "conhecidos" ou até "uma farsa".
A pesquisa ouviu 1.959 pessoas e a resposta mais comum (48,39% dos entrevistados) foi que os amigos da internet são apenas "conhecidos". Para Rafaela Gonçalves, analista de treinamento do Nube, "isso é reflexo da mudança nas formas de comunicação. Hoje, estabelecemos relacionamentos muito mais segmentados e a Internet se tornou uma aliada". Porém, para a especialista, "isso não deve ser encarado de forma negativa: muitas oportunidades surgem por meio desses portais". Sendo assim, deve-se fazer uma análise para identificar quem vale a pena ser inserido em seu networking.
Em segundo lugar, 625 internautas (31,90%) acreditam que as amizades na internet são "uma farsa, pois muitas pessoas nunca falam com você". Rafaela comenta essa visão: "os usuários ainda estão se adaptando ao novo contexto, mas quem aceita todos os convites de amizade não está utilizando a ferramenta de forma estratégica", explica.
Em terceira posição, ficaram os defensores das novas amizades. O tópico "Ótimo, isso demonstra meu bom relacionamento pessoal" atingiu os 12,05% (236). Em quarto lugar, temos a "mudança do conceito de amizade", com 5,97%, totalizando 117 indivíduos.
Por último, em nosso ranking, tivemos o grupo de quem afirma "ser difícil dizer não a quem te adiciona", com 1,68% (33). "Para alguns, possuir muitos amigos no Facebook é sinônimo de status". Para quem age assim, a analista sugere: "selecionar quem fará parte de sua rede é uma forma de evitar contatos indesejados ou até mesmo criminosos. São muitos os casos de preconceito na web e fraudes, como 'perfis fakes'", alerta Rafaela.
Dados divulgados em março de 2013 pelo vice-presidente do Facebook na América Latina, Alexandre Hohagen, apresentam um aumento de 12 milhões de usuários, em 2011, para os atuais 67 milhões, uma alta de 458%.
"Prevenir discussões e desentendimentos é um modo de conservação da imagem, pois muitas empresas utilizam as redes sociais para fazer triagem de currículos e avaliar candidatos", finaliza Rafaela.