Pense em um senhor de barba branca. Agora imagine ele conversando com várias criancinhas pelo mundo a fora. Pensou em Papai Noel, correto? Quase! Os dois são “bons velhinhos”, mas estamos falando de Paulo Freire. Já ouviu algo sobre ele? Saiba mais com o Nube.
O educador Paulo Reglus Neves Freire (1921-1997), nascido no Recife (PE), completaria 90 anos de idade no último dia 19 de setembro. Por toda sua vida lutou contra a injustiça social, defendendo a ideia da educação para todos. “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, comentou Freire certa vez.
Aos 22 anos, o pedagogo ingressou na Faculdade de Direito do Recife e se casou, dois anos mais tarde, com a professora primária Elza Maia Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos. Em 1947, se tornou Diretor do Setor de Educação do Sesi do Recife – Serviço Social da Indústria, e em 1959, professor na Escola de Serviço Social, lecionando Filosofia e Educação.
Doutor em Filosofia e História da Educação no mesmo ano, com a tese “Educação e Atualidade Brasileira”, Freire se envolveu em vários projetos na década seguinte. Os mais renomeados foram o Movimento de Cultura Popular (MCP), a campanha “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, a Campanha de Alfabetização de Angicos e o Programa Nacional de Alfabetização. Seu maior objetivo no Brasil era proporcionar oportunidades para jovens e adultos do campo, tão afetados pela injustiça e opressão de nossa sociedade.
“Eu sou um intelectual que não tem medo de ser amoroso, eu amo as gentes e amo o mundo. E é porque amo as pessoas e amo o mundo, que eu brigo para que a justiça social se implante antes da caridade”, afirmou Freire.
O educador concedeu várias palestras durante sua vida e participou de conferências, fóruns e debates. Envolveu-se também na política como militante e intelectual do movimento progressista. Em 1991, parte do sonho se concretizou com a criação do Instituto Paulo Freire (IPF). Sua finalidade era continuar seus projetos e partir rumo a uma educação e cidadania para todos. Segundo ele, o mundo era passível de mudanças por meio dessas transformações pedagógicas.
Naiara Santos da Silva, colaboradora da área de Treinamento do Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, acredita em sua contribuição positiva não só para o Brasil, mas também o mundo. “Sua metodologia simples permite pensarmos criticamente sobre o ambiente social vivido por nós, por meio de nossos próprios hábitos e conhecimentos adquiridos no cotidiano. Assim, criamos nosso próprio caminho de aprendizado”, completa.
O professor nos deixou enormes contribuições não só no mundo da educação, como também na filosofia, na arte, na história e literatura, só para citar algumas. Para Paulo Freire, aprender e ensinar nunca podem estar fora de uma mesma esfera. "Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo", disse.
Algumas obras do filósofo podem ser baixadas gratuitamente no site Rede de Educação Cidadã. O Nube deu a dica: leia mais sobre esse grande brasileiro e nunca pare de estudar!
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